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Técio Nunes. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Agora
ofereceram a ele a possibilidade da presidência da república. E ele aceitou.
Fez um "pronunciamento à nação" dizendo o quanto ele era bom,
honesto, corajoso. Ainda disse que a única coisa que negociou com Bolsonaro foi
uma pensão para a família caso ele morresse sendo o herói da nação brasileira
contra o crime organizado. Um anjo um omi desses.
Enfim,
a saída de Moro sinaliza algumas coisas: reorganização da direita clássica e
tradicional brasileira, liberal e de mercado. Sinaliza uma fragilidade do Bolsonaro
e seu desgoverno.
Com
certeza com a sua saída ele leva parte desses 34% que apoia o desgoverno. Vamos
medir pra ver quanto é. Em breve saí pesquisa para avaliar isso e TB avaliar
como anda a percepção do "público" com relação ao Moro. Essa queda de
popularidade pode ser fundamental para a queda do Bolsonaro. Queda essa de
realização nada simples. Estamos em meio a uma pandemia e ainda tem que
resolver o que fazer com o Mourão que tá se "aquecendo" ali na dele
na reserva pronto para entrar em campo.
Vamos
ver como se dará essa reaproximação de Bolsonaro com o "centrão"
parasita (seu local de origem).
Vamos
também observar como se comporta os militares/Mourão e Cia e, também, o bloco
PSDB-Doria/DEM-Maia/Globo-Moro.
Moro
é o "tordo" da direita clássica que vinha ruim das pernas e sem um
interlocutor nacional.
O
partido globo teve muita "dedicação" em construir essa figura que
agora sim está livre para cumprir o papel para o qual ele foi construído.
A
"briga" circense de hoje foi parte do espetáculo. A questão central
não é a PF que nunca teve e nem deve ser independente. Brigar para ver quem a
dirige faz parte do processo e agora o partido globo tenta fazer com que o Moro
seja o justo herói que saiu do desgoverno por ter princípios éticos. Desgoverno
esse do qual ele foi defensor e escudo. Desgoverno esse do qual ele falou
quando era necessário falar. O que dizer de um ex juíz de direito que fica
calado quando o seu presidente participa e articula atos contra a democracia?
Isso
para não falar da total falta de compromisso de Moro com o caso Marielle. Até
agora sem resposta para a pergunta que parou o país.
A
esquerda ainda só assiste. Sendo expectadora dos fatos que se desenrolam. Não
por "querer" mas por um conjunto de imposições.
A
falta de unidade e também de programa para os e as trabalhadoras é um dos
fatores disso também. Sem isso não se disputa hegemonia na atual conjuntura.
Espero
que tenhamos grandeza histórica para saber lidar com isso.
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Técio Nunes é
ativista político e secretário geral do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
do Ceará.
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