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Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. (FOTO/ Isac Nóbrega/ PR). |
Boletim
epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde neste sábado, 4, revela que a
transmissão de Covid-19 pode chegar a condição de aceleração descontrolada no
Ceará. De acordo com os dados do relatório, a situação é semelhante em Distrito
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, estados que também estão em
mudança de fase epidêmica. Até o momento, o Estado tem 744 casos confirmados de
coronavírus e 23 óbitos, segundo atualização da Secretaria de Saúde do Estado,
realizada neste sábado.
Para
a análise, o Ministério da Saúde considera o Coeficiente de Incidência nacional
de 4,3 casos por 100 mil habitantes. Dentre as unidades federativas que também
estão em transição para nova fase epidêmica, Distrito Federal apresentou o
maior número de incidência da Covid-19, com 13,2 casos a cada 100 mil
habitantes. Em seguida está o estado de São Paulo (9,7/100 mil), Ceará (6,8/100
mil), Rio de Janeiro e Amazonas (6,2/100 mil).
A
epidemia é divida em quatro fases: epidemia localizada, aceleração descontrolada,
desaceleração e controle. Embora todos os estados brasileiros ainda estejam em
fase inicial da transmissão, o Ministério da Saúde avalia o risco nacional como
muito alto. O País acumula um total de 10.278 casos e 431 óbitos.
Impacto sobre a saúde pública
O
Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de máscaras faciais para todos,
visto que dados científicos recentes apontam que a transmissão da Covid-19 pode
ocorrer mesmo antes do indivíduo apresentar os primeiros sinais e sintomas da
doença. Contudo, diante da insuficiência de insumos, a pasta recomenda aos
cidadãos que produzam a sua própria máscara de tecido, com materiais
disponíveis no próprio domicílio. A Prefeitura de Fortaleza, inclusive, lançou
programa para produção de 2,5 milhões de máscaras de tecido.
"Esse
fato, por si só, demonstra a gravidade da situação e a necessidade de
manutenção das medidas de distanciamento social ampliada que foi adotada por
diversos gestores estaduais e municipais. Esse é o único instrumento de
controle da doença disponível no momento", relata o boletim. O relatório
ainda reforça a importância de apoiar e proteger as pessoas com mais de 60
anos, grupo que enfrenta um risco significativo de desenvolver doenças graves.
Também
é destacado no boletim a insuficiência do número de leitos de UTIs e de
internação, que ainda não estão devidamente estruturado para a fase mais aguda
da epidemia. Governo e Prefeitura têm construído hospitais de campanha para
compensar a falta de leitos "Apesar de alguns medicamentos serem
promissores, como a cloroquina associada à azitromicina, ainda não há evidência
robusta de que essa metodologia possa ser ampliada para população em geral, sem
uma análise de risco individual e coletivo. Nunca foi utilizada dessa maneira
em larga escala. Precisa-se de mais duas a três semanas para que os resultados
sejam efetivamente robustos e apoiem a adoção dessa medida", detalha o
relatório.
Para
o momento mais crítico da emergência no País, será necessária uma ampliação
para realização de 30 a 50 mil testes de RT-PCR por dia.
Estados devem manter medidas de
distanciamento social
Segundo
o entendimento do Ministério da Saúde, os estados que implementaram medidas de
distanciamento social ampliado, devem mantê-las até que o suprimento de
equipamentos estejam disponíveis em quantidade suficiente. São considerados
nessa avaliação os leitos, equipamentos de proteção individual, respiradores e
testes laboratoriais, e as equipes de saúde (médicos, enfermeiros, demais
profissionais de saúde e outros).
"O
Ministério da Saúde avalia que as estratégias de distanciamento social adotadas
pelos estados e municípios, contribuem para evitar o colapso dos sistemas
locais de saúde, como observado em países desenvolvidos como em Nova York
(EUA), Itália, Espanha, China e recentemente no Equador", diz o relatório.
Segundo o boletim, essas medidas temporárias permitem aos gestores tempo para
estruturação dos serviços de atenção à saúde da população, de forma a promover,
com segurança, a transição para a estratégia de distanciamento social seletivo.
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Com informações
do O Povo.
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