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(FOTO/ Reprodução/ YouTube). |
Nesta quarta-feira (21), o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) completou 21 anos de existência. Para celebrar essas mais de duas décadas, o coletivo negro, que nasceu na cidade de Crato, promoveu um evento virtual por meio de seu canal no YouTube.
Com
o tema “Caminhos de Resistência: Um
Olhar de Esperança”, o evento foi mediado pelo estudante de História (URCA)
e secretário do grupo, Carlos Dias, e contou com as participações três
mulheres.
As
convidadas foram Zelma Madeira,
professora do curso de Mestrado em Serviço Social, Trabalho e Questão Social da
UECE, doutora em Sociologia pela UFC e ex-coordenadora da Coordenadoria Especial
de Políticas para Promoção da Igualdade Racial do Ceará (CEPPIR/SPS), onde a
campanha “Ceará sem Racismo – Respeite minha história, Respeite minha diversidade”,
liderada por ela, venceu o Prêmio Innovare 2020, na categoria Justiça e
Cidadania. Atualmente ela é Assessora Especial de Acolhimento aos Movimentos
Sociais do Ceará, que possui status de secretaria; Martír Silva, advogada, mestre em Políticas Públicas, professora
dos cursos de Direito e Serviço Social das Faculdades Cearenses (FAC), tem
atuação nos movimentos de mulheres, antirracistas, e em Defesa do Estado
Democrático de Direito e substituiu Zelma na CEPPIR/SPS e Fatinha Gomes, graduada em música ((UFCA), cantora, compositora,
pesquisadora, fundadora do projeto Re-inventário de Cantoras: Um olhar para o
canto das Guerreiras Cariri e fundadora do grupo Cantando Marias que reverência
a memória da Música tradicional.
Todas
elas destacaram o papel do GRUNEC na luta contra todas as formas de
discriminação e na busca por uma sociedade com equidade. Elas mencionaram ainda a
força do grupo que resiste e persiste, mesmo considerando a conjuntura política
de cortes de direitos e aumento desenfreado de práticas racistas e de feminicídios e pelo desvelamento das desigualdades raciais trazidas com a
pandemia da Covid-19.
Lembraram
ainda a trajetória do grupo e daqueles e daquelas que deram os primeiros passos
para sua formação, como Verônica, Valéria e Luciano, além de frisarem como importante a renovação a partir da participação da juventude.
Hoje, o GRUNEC tem na direção Jéssica Lorenna (Presidenta), Maria Raiane
(Vice-presidenta) e Carlos Dias (Secretária Geral). Luciano Carvalho, um dos fundadores,
completa a diretoria como Tesoureiro. Esta nova diretoria foi eleita e
empossada em assembleia virtual em 06 de setembro de 2020.
Quem
também deixou sua homenagem ao grupo foi Ieda
Leal, do Movimento Negro Unificado
(MNU).
“Quero me somar a vocês nessas comemorações da nossa resistência no país. Neste momento de pandemia, onde nós temos um genocida, fascista, machista e absolutamente racista no planalto, nós precisamos ter instituições como a de vocês, como o GRUNEC, para fazer frente e fortalecer a nossa luta”, disse.
O evento foi encerrado com o lançamento do site do coletivo. Neste espaço, considerado uma importante ferramenta, há informações sobre o que é e o que faz o GRUNEC.
Clique aqui e acesse o site.
Quer
saber mais sobre o grupo? Clique aqui.
Clique aqui e confira toda a discussão do evento no Canal “Grunec Negro”, no YouTube.
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