![]() |
Idilvan Alencar, Deputado Federal pelo PDT - CE. (FOTO/ Reprodução). |
Em
2009, a prova do Enem foi roubada na gráfica. O Ministério da Educação (MEC),
ao tomar conhecimento cancelou a prova e marcou uma nova data para o exame. No
dia previsto, a prova foi feita e nenhum estudante foi prejudicado.
No
ano seguinte, dois problemas: a inversão do cabeçalho no gabarito e uma falha
de impressão. Quanto ao cabeçalho, os alunos foram comunicados no dia e puderam
solicitar, na semana seguinte, a correção com ordem invertida, caso não tenham
recebido a orientação correta no dia. Em relação ao problema da impressão, o
lote foi identificado e os alunos puderam fazer a prova em outro dia. Nenhum estudante foi prejudicado.
Na
edição de 2019, ocorreu um problema inédito identificado após a divulgação dos
resultados e reclamação de estudantes.
Inicialmente, MEC, negou e depois
reconheceu e minimizou o problema, sem oferecer os elemento para comprovar as
suas afirmações. As reclamações seguiram aumentando, a justiça suspendeu a
divulgação dos resultados do Sisu e o MEC adiou as inscrições do Prouni. Até o
momento, não se sabe exatamente o que aconteceu, o alcance dos problemas e as
ações tomadas.
O
MEC precisa agir. Cada ator - gráfica, a empresa de aplicação, da logística, as
áreas técnicas do Inep e do MEC - deve explicar o que aconteceu e quais medidas
tomou. Além disso, os parâmeros de Teoria de Respostas aos itens de cada
questão devem ser divulgados e os
espelhos dos gabaritos disponibilizados, possibilitando que as notas sejam
calculadas. Essas duas medidas trarão maior segurança de que nenhum estudante
está sendo prejudicado.
O
Enem é uma operação de alta complexidade: são mais de cinco milhões de
inscritos, milhares de locais de provas e 300 mil pessoas envolvidas no
processo . Os riscos existem, cabendo ao gestor mapeá-los e dirimiu-los e fazer
um plano de contingência para situações
de crise. A atual gestão do MEC fez o contrário: aumentou a instabilidade,
ampliando os riscos e não planejou. Quando aconteceu um problema grave, não soube
o que fazer.
Seguirei
cobrando o governo para que trate a educação com seriedade, profissionalismo e
competência. É uma área essencial para o
desenvolvimento do País e deve estar nas mãos de pessoas responsáveis e
comprometidas . Menos discurso e mais gestão.
______________________________________
Artigo
publicado originalmente no Jornal O Povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!