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Guedes representou Bolsonaro na função de dar declarações absurdas na Suíça. (FOTO/ World Economic Forum/ Walter Duerst). |
O
ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu aos mais pobres a culpa pela
degradação ambiental no Brasil. Segundo ele, “o grande inimigo do meio ambiente
é a pobreza” e “as pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer”. As
declarações foram dadas nesta terça-feira (21) durante o painel intitulado
“Moldando o futuro da indústria avançada”, uma das atividades do Fórum
Econômico Mundial, realizado ao longo desta semana, em Davos, na Suíça.
Ele
também alegou que os países ricos se preocupam com a agenda ambiental porque já
desmataram as suas florestas. “Eles (os pobres) têm todas as preocupações que
não são as preocupações das pessoas que já destruíram as suas florestas, que já
lidaram com suas minorias étnicas, essas coisas”, disse Guedes.
O
ministro foi a Davos como representante do governo brasileiro, após o
presidente Jair Bolsonaro alegar “questões de segurança” para cancelar a sua
participação no evento. No ano passado, Bolsonaro provocou constrangimentos ao
proferir discurso de apenas cerca de seis minutos e também quando foi flagrado
almoçando num “bandejão” de um supermercado local. Coube a Guedes assumir a
função de proferir impropérios, que parece ser a marca da atual gestão.
Da
simplificação ao atribuir aos pobres os impactos sobre o meio ambiente, Guedes
afirmou que as coisas são “complexas”, quando envolvem o agronegócio. Ele
afirmou que o mundo precisa de mais alimentos, mas a ampliação da produção depende, segundo ele, da utilização de
agrotóxicos. “É uma escolha política. Você não tem um meio ambiente limpo
porque as soluções não são simples. São complexas.”
O
ministro afirmou, ainda, que o Brasil perdeu “a grande onda da globalização e
inovação” e, portanto, as inovações tecnológicas demoram para chegar por aqui,
mas declarou-se otimista: “Estamos a caminho”. “Nós temos escala, agora
precisamos investir em educação”, afirmou. “Podemos atingir isso se tivermos
educação e mais conexões”, declarou o ministro, sem detalhar os meios para
alcançar tais objetivos, já que o Orçamento da União para a educação para o ano
que vem teve redução de 16% – caindo de R$ 122,9 bilhões, em 2019, para 103,1
bilhões, em 2020.
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Com
informações da RBA.
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