![]() |
Demora para concluir a votação reflete a dificuldade do governo para organizar a base de apoio no congresso. (FOTO/Luis Macedo/Câmara dos Deputados). |
Carro-chefe da equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro, a reforma da Previdência está prestes a se tornar realidade no País. Foi concluída a votação do primeiro turno da proposta de emenda à Constituição (PEC) nesta sexta-feira (12), com quatro alterações ao texto-base.
O
principal pilar da medida é a previsão de uma idade mínima para aposentadoria
pelo INSS no País. Atualmente, é possível aposentar pela idade mínima ou apenas
pelo tempo de contribuição. Essa última opção foi extinta.
Ficou
estabelecido ainda 15 anos como tempo mínimo de contribuição, o mesmo que é
exigido atualmente. A proposta inicial, no entanto, estabelecia 20 anos para os
homens e 15 para mulheres.
O
HuffPost fez um resumo com as principais alterações nas regras atuais:
Transição
Quem
já começou a contribuir para aposentadoria, seja no setor público ou privado,
passará pela regra de transição. Isso significa que a idade mínima vai subir
aos poucos, começa com 61 anos para homens e 56 para as mulheres. O ajuste será
feito com acréscimo anual de seis meses.
A
expectativa do Executivo com a reforma era economizar R$ 1,236 trilhão em dez
anos. O substitutivo reduziu o montante para R$ 987,5 bilhões no mesmo período,
antes da votação dos destaques. O objetivo é conter o déficit previdenciário.
Em 2018, o rombo foi de R$ 264,4 bilhões, considerando o INSS, servidores
públicos e militares.
De
acordo com o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, Rogério Marinho, a economia com o texto aprovado é de aproximadamente
R$ 900 bilhões. A esse valor, ele soma o que o governo espera economizar com a
medida provisória que combate fraudes previdenciárias e estima um impacto
fiscal total de R$ 1,1 trilhão em dez anos.
Próxima
etapa
Ainda
é necessário concluir a votação na Câmara para que a proposta seja encaminhada
no Senado. Só então será promulgada pelo Congresso e poderá entrar em vigor. A
expectativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é que a conclusão
da tramitação da proposta na Câmara seja iniciada em 6 de agosto.
Em
seguida, a PEC seguirá para o Senado. Lá também precisará ser votada no
plenário em dois turnos. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
promete agilidade na Casa. O prazo mínimo regimental para a apreciação da
matéria é de 45 dias. A previsão do governo é concluir a tramitação toda até 15
de setembro.
______________________________________
Com
informações do HuffpostBrasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!