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(FOTO/ Reprodução). |
Por Nicolau Neto, editor-chefe
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) alterou nesta quinta-feira, 28, o gabarito de uma questão de inglês. O caso ocorreu após candidatos do da edição 2020 do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) apontarem racismo na resposta oficial.
Aplicada
no primeiro dia do exame, a questão é parte integrante da prova da área de
Linguagem e traz no corpo da discussão uma passagem de “Americanah”, obra da
escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, onde duas pessoas negras, uma cabeleireira
e uma cliente estão dialogando. No diálogo, a cliente afirma que não deseja alisar
os cabelos porque gosta deles “do jeito que Deus os fez”.
É perguntado
na questão quais argumentos sustentam a defesa da cliente. O gabarito oficial divulgado
inicialmente apontou como resposta certa a letra D, que relaciona a atitude da
mulher a uma “postura de imaturidade”.
Depois
da acusação de racismo, o Inep divulgou novo gabarito apontando como correto o
item C, em que afirma que o comportamento da cliente revela “uma atitude de resistência”.
Ao justificar o caso por meio de uma nota o Inep disse que houve uma alteração no gabarito após o retorno das provas para este órgão e que não havia sido salva no banco de dados. “A autarquia verificou que uma modificação feita no gabarito após o retorno das provas para o Inep não foi salva no banco de dados. Em função disso, a área técnica providenciou uma revisão no material e o instituto já disponibilizou as versões corrigidas no seu portal”.
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