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Dilma Rousseff. (FOTO/ Reprodução). |
Dilma Rousseff, ex-presidenta, emitiu na tarde desta sábado, 20, nota à imprensa em que afirma categoricamente que seu adversário nas eleições presidenciais de 2014, Aécio Neves (PSDB), tenta uma “lavagem biográfica” mediante o que ela classificou como de um “golpismo indelével”.
Na
nota, Dilma destaca ponto a ponto como o hoje deputado federal por Minas Gerais
nunca aceitou “a derrota, e os fatos
estão aí, registrados na mídia e na história para provar.” Usando uma
entrevista que o tucano concedeu ao site Congresso em Foco, ela frisa “tenta limpar sua biografia, para retirar
dela as manchas indeléveis que o identificam como um antidemocrático golpista”.
Para
Dilma, Aécio chegou a comemorar a vitória antecipadamente e que, ao ficar inconformado
com o resultado negativo nas urnas “mandou
o seu partido, o PSDB, entrar com uma ação no TSE pedindo a recontagem dos
votos. Foi derrotado de novo”.
Abaixo
integra da nota publicada na sua pagina no Facebook e no seu site:
Golpismo de Aécio é indelével
A "LAVAGEM" BIOGRÁFICA
Não é verdade que Aécio aceitou a
derrota, e os fatos estão aí, registrados na mídia e na história para provar.
DILMA ROUSSEFF
Sete anos depois da eleição de 2014, em
entrevista ao site "Congresso em Foco", Aécio Neves tenta limpar sua
biografia, para retirar dela as manchas indeléveis que o identificam como um
antidemocrático golpista. Ele diz que reconheceu sua derrota nas urnas.
Não é verdade e os fatos estão aí,
registrados na mídia e na história para provar.
Aécio nunca aceitou de fato a derrota.
Chegou a comemorar a vitória antes da hora e, inconformado com o resultado,
mandou o seu partido, o PSDB, entrar com uma ação no TSE pedindo a recontagem
dos votos.
Foi derrotado de novo.
Em seguida, determinou que o PSDB
entrasse com outro recurso no TSE, para impugnar a minha diplomação como
presidenta eleita.
Foi derrotado mais uma vez. E então
partiu para o golpe.
Em conversa com o empresário Joesley
Batista, que o denuncia como um dos corruptos mais afoitos que conheceu,
gravada com autorização judicial, referiu-se em termos indignos as suas
próprias ações e deixou clara sua decisão de boicotar o governo: "Vamos
entrar com um negócio aí. Lembra depois da eleição? Os filhas da p… sacanearam
tanto a gente, vamos entrar com um negócio aí para encher o saco deles também”.
Nunca houve dúvida quanto a intenção
golpista e desqualificada de Aécio Neves no Congresso: desestabilizar o governo
eleito, por meio de sabotagem explícita, visando a inviabilizar as ações
políticas, econômicas e administrativas necessárias para o bem do País.
Em maio de 2015, o PSDB de Aécio Neves
contratou juristas para escrever um pedido de impeachment. Janaína Paschoal
afirmou ter recebido R$ 45 mil do PSDB para participar deste trabalho. A ação
do partido revelava premeditação, por ser deliberadamente precipitada, já que o
mandato a que um eventual impeachment poderia se referir mal havia começado.
O designío golpista de Aécio Neves foi
revelado em todos seus atos desde o final de 2014.
Uma das figuras mais proeminentes do
PSDB, o senador Tasso Jeireissati, acabou por admitir, em entrevista ao Estado
de S. Paulo, em 2018: "O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis.
O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. Começou no dia seguinte (à
eleição). Não é da nossa história e do nosso perfil. Não questionamos as
instituições, respeitamos a democracia. O segundo erro foi votar contra princípios
básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande
erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer. Foi a
gota d’água, junto com os problemas do Aécio (Neves). Fomos engolidos pela
tentação do poder."
Para limpar sua biografia, Aécio precisa combinar antes com seus próprios companheiros de partido e, sobretudo, com a história recente e todos que a vivenciaram. Sua tentativa de "lavagem" biográfica está, em definitivo, condenada ao fracasso, diante da montanha de evidências e fatos reveladores de seu golpismo irresponsável e leviano. Seus atos condenaram o Brasil ao desastre, ao produzir o governo nefasto de Temer, levando direto a Bolsonaro e à atual catástrofe de pobreza, fome, doença e mortes. Os democratas não podem deixar que a irresponsabilidade de Aécio Neves resulte em novas consequências catastróficas para o Brasil.
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