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Jair Bolsonaro. (FOTO/ Adriano Machado/ Reuters). |
Texto: Nicolau Neto
Diversos
professores da região do cariri cearense, da educação básica ao ensino
superior, condenaram veementemente o apoio do presidente do Brasil Jair
Bolsonaro (sem partido) a ato contra o congresso nacional. As informações divulgadas
nos mais variados veículos de comunicação destacam que ele teria compartilhado
junto a aliados convocação para manifestações em seu favor e contra o poder
legislativo.
A
professora da Universidade Regional do Cariri (URCA) Sônia Meneses, pós-doutora
em História pela Universidade de São Paulo (USP), destacou que a democracia “está muito enferma” e que estamos “esperando que ela se cure sozinha e isso não
vai acontecer”. Sônia lembra que “tem
gente que pensa que as eleições irão resolver nossa situação como se
estivéssemos numa situação de normalidade política. O próprio ato tresloucado de
um senador da república tentando barrar um motim policial nos mostra que tramam
violentamente para derrubar o que resta do nosso estado democrático”.
A
professora do departamento de História da URCA afirma que “estamos mais reféns da militarização que nos cerca” e que “a convocação que grupos de ultra direita
fazem para o dia 15 contra o congresso é uma convocação ao golpe”. “Só não ver quem não quer. Dentro do exército
alguns já apoiam. O próprio mandatário também. Nosso prazo se esgota”,
ressaltou.
Darlan
Reis Jr, pós-doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense
(UFF) e professor do Departamento de História da URCA, foi categórico. “O
presidente do Brasil é pior do que o Congresso. Pior. Para ser pior do que
aquilo lá, meu amigo”, disse. Segundo ele, “até
o STF é melhor do que o fascista”, se referindo, pois, ao presidente. O
professor defende a queda de Bolsonaro e de todos que o acompanha. “Quem é ele para querer mandar sozinho? Quem
tem que cair hoje é Bolsonaro. Ele e toda a caterva que o acompanha”,
frisou.
Este
professor, especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Católica do Cariri (FCC), blogueiro e ativista dos direitos civis e humanos das populações
negras, viu como um crime contra a democracia o ato convocatório e lembrou que “a última vez que alguém pediu ou convocou
ato contra os poderes constituídos (leia-se Congresso Nacional e o STF) o
Brasil mergulhou em um dos períodos mais tristes. O resultado disso foram
longos 21 anos de ditadura”. Mencionei, outrossim, que “esses mesmos poderes constituídos e a
sociedade como um todo precisam agir imediatamente contra a ação pró-golpe do
presidente”.
Reginaldo
Venâncio, professor graduado em Matemática e Pedagogia pela URCA e coordenador pedagógico da Escola de Ensino Médio Santa
Tereza, em Altaneira, classificou como “um
atentado à democracia” e pediu a sua saída. O professor ainda lembrou os
dispositivos constitucionais em que comprova sua ideia. Ele citou o Art. 85, da
CF/88, incisos I e II.
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