A
Conferência Eleitoral do PSOL aprovou em definitivo, neste sábado (10), os
nomes para compor a chapa de pré-candidatos à Presidência pelo partido em 2018:
Guilherme Boulos e Sônia Guajajara.
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Guilherme Boulos e Sônia Guajajara forma chapa do Psol à presidência. (Crédito da Foto: Mídia Ninja). |
A
chapa fecha um longo processo de conversas do partido na construção de uma
sólida aliança com diversos movimentos sociais do país, que ofereceu os nomes
ao PSOL na Conferência Cidadã, no último dia 3. Boulos, que teve quase 71% dos
votos da conferência, concorreu à indicação, no partido, com Plínio de Arruda
Sampaio Jr., Hamilton Assis e Nildo Ouriques.
O
simbolismo da chapa de pré-candidatos não poderia ser maior: o líder do
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se junta a uma das maiores representantes
dos povos indígenas brasileiros. Com 35 anos, Boulos é o pré-candidato mais
jovem da história política do país.
Em
sua fala, Guilherme Boulos reforçou a construção da aliança durante anos. “Não nos encontramos agora. Esse encontro
acontece há anos: lutando por direitos, contra o golpe, pela democracia e por
outro projeto de Brasil. Ela expressa uma unidade na luta concreta”.
O
agora pré-candidato oficial do PSOL também falou da importância da plataforma
Vamos!, construída no âmbito da frente Povo Sem Medo, que realizou dezenas de
debates em todo o país e acumulou mais de 150 mil interações online, em um
processo de construção de uma alternativa programática para o Brasil.
Boulos
elencou alguns dos pontos principais da pré-candidatura, como o combate aos
privilégios do “andar de cima” da
economia brasileira, a radicalização democrática, com plebiscitos e referendos
para todos os temas fundamentais, e o combate à direita junto à superação da
estratégia da conciliação de classes na política.
“Nós queremos disputar o projeto de país. Não
teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda
brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”.
Sônia
Guajajara, agora oficialmente pré-candidata à Vice-Presidência (ou
co-presidenta), saudou a Conferência Eleitoral do PSOL junto a outras
representantes do movimento indígena. “O
momento é grave e urgente. É de transformação. Para nós, povos indígenas, estar
participando desta conferência é estar inserido no processo de transformação do
Brasil”.
Ela
afirmou, ainda, que os povos indígenas, que sempre estiveram na linha de frente
da resistência, agora querem ocupar os espaços de decisão do país. “Nós resistimos ao mais brutal processo de
expulsão de nossos povos. Sempre fizemos a luta contra o agronegócio, o
capitalismo, as grandes pecuárias, a especulação imobiliária. E hoje ainda nos
chamam de ‘invasores'”, disse. (Com
informações do Psol 50).
Assista
à fala completa de Guilherme Boulos na Conferência Eleitoral do PSOL:
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