Enquanto
"muitos povos indígenas estão
morando à beira de rodovias, como em Mato Grosso do Sul, Bahia e Rio Grande do
Sul, deputados da bancada ruralista que compõem a segunda CPI para investigar a
Funai e o Incra, gastaram sozinhos mais dinheiro público que a política de
demarcação de terras". Isso é o que afirmou o secretário executivo do
Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cléber Buzatto, em entrevista à
jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Buzzato,
que considera esta "uma situação
constrangedora para o Estado brasileiro", informa que os deputados
ruralistas que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito da Funai e do
Incra, gastaram, em 2016, R$ 3,5 milhões em cotas parlamentares. Já os gastos
com demarcações de terras indígenas foram menores, cerca de R$ 3 milhões.
Somente
o presidente da CPI, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), gastou quase meio
milhão de reais (R$ 476 mil) de cota parlamentar.
Para
Buzzato, existe um caso que chega a ser “vergonhoso”,
o da deputada Teresa Cristina (PSB-MS), que "gastou sozinha em cota parlamentar quase R$ 1 milhão, ou seja, quase um
terço de tudo o que o Estado gastou com a política de demarcação de terras
indígenas".
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O presidente da CPI, deputado Alceu Moreira (PMDB - RS), gastou quase meio milhão de reais (R$ 476 mil) de cota parlamentar/ Reprodução. |
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