Por
muito tempo recusei a escrever sobre. Mas cheguei ao meu limite. O Blog Negro
Nicolau é um portal de comunicação que visa contribuir a partir das minhas
ações de sentimento de pertencimento (enquanto administrador e editor) para que
outras pessoas se sintam representadas e empoderad@s por negr@s e negros e
possam ainda se sentiram como tal, lutando para superar e eliminar um dos
maiores canceres do Brasil – o preconceito e o racismo.
O
fato é que meu blog sem se apegar ao modismo dos veículos de comunicação
hospedados na internet e sem aderir ao elitismo barato e ao sensacionalismo,
está desses cinco anos de atuação constante na rede mundial de computadores
sempre A SERVIÇO DA CIDADANIA e, para tanto, sempre busquei oportunizar os
menos favorecidos, os que por algum motivo não tenham voz através da
comunicação. Esta (Comunicação) que mesmo considerando uma das principais armas
contra a homofobia, misoginia, racismo, conservadorismo, elitismo, enfim...
contra as mais diversas formas que corroborem para perpetuar as desigualdades
associadas a etnia e a raça ainda não conseguiu romper as barreiras do
colonialismo e, portanto, da segregação racial.
Sempre
que escrevo algo que diz respeito a ações e atitudes que desnuda essa sociedade
preconceituosa mando por correio eletrônico e via facebook e outras formas de
contato para os principais sites e “jornalistas” do estado do Ceará para que
reproduzam, pois entendo que ao proceder dessa maneira estou oportunizando as
pessoas que não me seguem nas redes sociais ou não tenham conhecimento do meu
blog conhecerem os textos e opinarem. Mas como disse no parágrafo anterior, a
grande maioria da imprensa brasileira e, de forma particular a cearense, ainda
não rompeu com o colonialismo e continua nas suas escritas segregando mais,
promovendo cada vez mais um dos maiores cânceres sociais – o racismo.
Nenhuma
das matérias que escrevi sobre assuntos relacionados à diversidade
étnico-racial foi reproduzida nos sites do Estado do Ceará. A resposta que
sempre recebo não muda. “Há outras matérias em pauta”. “Iremos enviar para
nossa equipe de redação”. Mas publicação que é bom.....
A
grande maioria dos sites e dos jornalistas estão buscando audiência. Matérias
desse porte não corroboram para tal. Mas por traz dessa busca desenfreada pela
audiência há um mecanismo que exclui e que reforça não só o racismo, mas outras
formas de discriminação.
E
é exatamente por pensar assim que além das minhas lutas diárias em vários
espaços de poder, seja na escola ou na rádio, resolvi há cinco anos colocar
esse portal como mais uma das ferramentas nessa luta de classe onde estou do
lado dos oprimidos na busca permanente por fazer com que cada vez mais pessoas
se sintam parte e se sintam principalmente empoderados/@s.
Ainda
neste post, quero agradecer a equipe do site Centro de Estudos das Relações de
Trabalho e Desigualdade (CEERT) e do site Geledés - Instituto da Mulher Negra,
pois são referência para mim e estão sempre reproduzindo meus textos.
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Este blogueiro por ocasião da formação da Crede 18, em Crato. Foto: Profª Lucélia Muniz. |
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