Apenas
os senadores José Pimentel (PT-CE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Reguffe
(s/partido-DF) compareceram às 65 sessões deliberativas ordinárias realizadas
no Senado em 2017. É o segundo ano consecutivo em que Reguffe comparece a todas
as sessões deliberativas ordinárias. Atualizado periodicamente, o levantamento
de assiduidade parlamentar realizado pelo Congresso em Foco há quase 15 anos
analisou todas as sessões deliberativas ordinárias entre fevereiro e novembro
deste ano. Até o fechamento deste texto, o Senado ainda não havia
disponibilizado as justificativas de faltas relativas ao mês de dezembro.
O
ano legislativo no Congresso foi marcado por denúncias contra o presidente
Michel Temer e pela pressão da base de sustentação do governo por cargos e liberação
de emendas, que ditou um ritmo mais arrastado no segundo semestre.
Apesar
de não ter enfrentado a análise das denúncias contra Temer, pois essa é uma
atribuição exclusiva da Câmara, o Senado presidido por Eunício Oliveira
(PMDB-CE) perdeu protagonismo, passou os últimos meses de 2017 no mesmo
compasso da Câmara e teve de lidar com seu próprio imbróglio jurídico,
envolvendo dois afastamentos de Aécio Neves (PSDB-MG), alvo da Operação Lava
Jato e um dos campeões de inquéritos no Supremo Tribunal Federal.
O
índice de presença entre os senadores foi alto em 2017. Quase metade deles (49
entre os 87 titulares e suplentes que exerceram mandato em algum momento do
ano) compareceu a pelo menos 90% de todas as sessões. Entre eles está Fernando
Collor (PTC-AL), que no ano passado foi o senador mais faltoso. Em 2017, as
seis ausências do senador foram justificadas em atividades parlamentares (4) e
missões sem ônus para o Senado (2). Seis senadores tiveram apenas uma ausência.
“Dança das cadeiras”
Além
de Pimentel, Randolfe e Reguffe, cinco senadores também conseguiram marcar 100%
de presença no período, mas exerceram o mandato por, no máximo, cinco sessões
este ano. É o caso da “dança das cadeiras”
entre os tucanos de São Paulo, Aloysio Nunes, José Serra e José Aníbal.
Aloysio
tem cinco presenças por ter se licenciado do mandato ao ser escolhido por Temer
para assumir assumir o ministério das Relações Exteriores no lugar de José
Serra, alvejado pela denúncia de que recebeu R$ 23 milhões em caixa dois.
Serra, por sua vez, voltou ao cargo e fez Aníbal, também com cinco presenças,
voltar à suplência da cadeira. Serra compareceu a 55 das 60 sessões em que
houve convocação de votação com registro de presença, anotando cinco ausência
justificadas.
Elder
Batalha (PSB-SE) e Sérgio de Castro (PDT-ES) assumiram as vagas de Antônio
Carlos Valadares (PSB) e Ricardo Ferraço (PSDB), respectivamente. Ambos tiraram
licenças superiores a 120 dias, que implicam a posse do suplente. Já Walter
Pinheiro (s/partido-BA) reassumiu sua cadeira após pedir exoneração da
Secretaria de Educação da Bahia para participar das elaborações e votações das
emendas parlamentares ao Orçamento para o ano que vem. (Com informações do
Congresso em Foco).
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Pelo segundo ano consecutivo, Reguffe (cent.) não falta a nenhuma sessão deliberativa no senado. Pimentel (esq.) e Randolfe (dir.) também tiveram 100% de presença. (Foto: Waldemir Barreto e Jefferson Rudy/ Agência Senado). |