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Alexandre Lucas. (FOTO | Acervo pessoal). |
Por Nicolau Neto, editor
Entre os dias 23 e 27 do mês em curso o pedago e colunista deste blog, Alexandre Lucas, irá ministrar o curso "Palavra na Rua - A Rua Como Argumento Final" com carga horária de 20h.
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Alexandre Lucas. (FOTO | Reprodução | WhatsApp). |
O fundador do Coletivo Camaradas, o pedagogo Alexandre Lucas participará de debate durante a Bienal da União Nacional dos Estudantes (Bienal da UNE), que acontecerá em Recife, de 29 de janeiro a 02 de fevereiro, com o tema A esperança equilibrista: Política Nacional Aldir Blanc e os novos horizontes para a cultura brasileira. O debate contará com a participação dos pernambucanos Roger de Renor, ativista multicultural, idealizador da Soparia, movimento que reunia artistas na década de 90, em Recife e da Mãe Beth de Oxum, realizadora do Coco de Umbigada, comunicadora popular e integrante do movimento Cultura Viva. A mediação do debate será realizada pelo indígena Tel Guajajara, coordenador geral do Centro Universitário de Cultura e Arte da UNE (CUCA da UNE).
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Alexandre Lucas é pedagogo e colunista do blog Negro Nicolau. (FOTO | Reprodução). |
O pedagogo e escritor Alexandre Lucas prepara o seu oitavo livro, desta vez sobre cultura de base comunitária. O livro deve reunir textos que refletem sobre direito à cidade, organização popular, agitação e propaganda, pontos de cultura, democratização estética, artística e cultural, tendo como referência a experiência desenvolvida pelo Coletivo Camaradas, que fica localizado na comunidade do Gesso, no Crato, Ceará. A previsão de lançamento é dezembro deste ano.
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Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
A construção de narrativa baseada na naturalização da violência reproduz mecanismos de opressão e de aniquilamento da esperança. A notícia é antes de tudo uma construção social, longe de ser imparcial e neutra, apesar de insistirem nisso. O acontecimento da realidade pode ser noticiado a partir de diversos ângulos e perspectivas ideológicas.
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Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/Facebook). |
A
segregação da cultura é fruto de uma sociedade dividida em classes sociais
distintas, antagônicas e em permanecente luta e ao mesmo tempo é resultado das
relações históricas e sociais. A cultura só existe a partir da vida humana, no
processo de produção e reprodução da própria existência humana.
A cultura distante de ser estática, paralisada no tempo e no espaço, é hibrida e dialética, carrega os traços do passado e do presente e ensaia os passos do futuro. Antes que tudo, a cultura tem lados e narrativas diversas, carrega conflitos e divisões. É posta ideologicamente como neutra, saudável, harmoniosa e democrática com o intento de esconder a luta de classes e a separação dos corpos a partir apropriação do capital.
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Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Estabelecer caminhos de apropriação, circulação e ampliação dos percursos da palavra é essencial para ocupação dos espaços políticos e a emancipação humana. A construção de uma política estruturante de democratização das leituras, literaturas e do livro e do estabelecimento de uma cultura leitora não é algo novo, mas que continua sendo uma pauta atual e necessária para a classe trabalhadora.
A palavra exclui e ao mesmo tempo que inclui no modo de produção, em que a produção dos bens é coletiva e apropriação privada, o que gera um mapa desigual na economia, na espacialidade urbana e no processo de decodificação e apropriação da palavra e das leituras no seu aspecto mais amplo.
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Alexandre Lucas. (FOTO/ Reprodução/ Facebook). |
Os movimentos sociais da cultura, em todo o país, estão vigilantes em relação, aos novos gestores municipais que apresentam como ataque a extinção ou agregação da pasta da cultura a outras pastas, menosprezando o potencial e a dimensão cultural para o desenvolvimento das cidades e do seu povo.
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(FOTO/ Felipe Cabral/ Reprodução/ Conexão Jornalismo) |