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| Entrada de Nova Olinda-CE. (FOTO | Professor Nicolau Neto). |
Por Nicolau Neto, editor
2025 será o segundo ano em que o 20 de novembro, dia Nacional da Consciência Negra e de Zumbi dos Palmares, é relembrado e refletido como feriado em todo o país. Mas, mais do que nunca será momento oportuno para destacar que não é um data para ser folclorizada e muito menos para comemorada. Estamos longo disso.
A
data servirá para realizar diversas reflexões, principalmente, como já
publicado neste espaço, em relação ao que as escolas das redes públicas e
particulares do país vêm fazendo durante o ano para cumprir as leis 10.639 e
11.645, de 2003 e 2008, respectivamente. Essas legislações que alteraram a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 (LDB/96), fazem menção a
obrigatoriedade do ensino da “História e
Cultura Afro-Brasileira” e da “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.”
Em 9
de janeiro deste ano a 10.639 completou 22 anos e em 10 de março a 11.645 fez
17 anos. Apesar de tanto tempo a Educação para as Relações Étnico-Raciais
(ERER) ainda é um objetivo a ser alcançado e um desafio difícil, porém,
necessário a ser enfrentado e superado. É o que revelou, por exemplo, pesquisa
de 2022 do Instituto Alana e Geledés Instituto da Mulher Negra, que contatou
que as leis em análise não são cumpridas em 71% dos municípios.
Conhecimentos das (os) estudantes sobre
as Leis nº 10.639 e nº 11.645
Visando
verificar se esse cenário teve mudanças dois anos após a divulgação destes
dados alarmantes, mas que não surpreende, é que este blogueiro e professor de
História e Sociologia realizou junto as 12 turmas que compõem o ensino integral
da EEMTI Padre Luís Filgueiras, em Nova Olinda-CE, uma pesquisa sobre os
conhecimentos dos estudantes de 1º a 3º ano quanto as leis 10.639/2003 e
11.645/2008 e sua aplicabilidade no ensino fundamental.
É
importante mencionar que alunas e alunas que estão nesta escola estavam no
ensino fundamental (7º, 8º e 9º ano) quando da divulgação da pesquisa do Instituto
Alana e Geledés Instituto da Mulher Negra.
Em
julho deste ano cheguei a divulgar os números parciais foram levantados a
partir de um questionário feito no Google Forms, aplicativo do Google. Nesses
três meses nada foi alterado. O questionário foi encaminhado nos grupos de
WhatsApp de cada uma das 12 turmas, não levando em consideração aqueles/as que
estão matriculados/as no período noturno.
Foram
feitas duas perguntas visando saber dos estudantes se já conheciam as
legislações antes de chegarem ao ensino médio e se elas eram cumpridas, como
demonstrado nas imagens abaixo colhidas junto ao Google Forms.
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| (FOTO | Reprodução | Google Forms). |
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| (FOTO | Reprodução | Google Forms). |
49%
dos (as) estudantes afirmaram que não conheciam as legislações no ensino
fundamental. A pesquisa também perguntava, caso a resposta fosse positiva, se
elas eram cumpridas corretamente, ou seja, durante todo o ano letivo e em todos
os componentes. Quase metade (49,7%) responderam que não.
Você
pode gostar também de Maioria dos estudantes da EEMTI Padre Luís Filgueiras se declara negro, aponta pesquisa.
Tanto
os dados nacionais quanto os particulares feitos com estudantes da EEMI Padre
Luís Filgueiras, demonstram que é fundamental um compromisso político para que
se tenha a implementação integral e assertiva dessas duas leis, não se
limitando a abril e novembro e tendo apenas a área de Ciências Humanas como
vanguarda.



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