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Paulo Paim foi o autor do projeto original de regulamentação da profissão. (FOTO/ Leopoldo Silva/ Agência Senado). |
Os
senadores rejeitaram, em sessão remota nesta quarta-feira (12), o veto do Poder
Executivo (VET 10/2020) à regulamentação da profissão de historiador: 68
senadores votaram pela rejeição do veto, enquanto um foi pela sua manutenção.
Conforme acordo entre lideranças do Congresso e representantes do governo, a
derrubada do veto será confirmada na Câmara dos Deputados.
A regulamentação da profissão de historiador estava prevista no Projeto de Lei do Senado (PLS) 368/2009, que teve como autor o senador Paulo Paim (PT-RS). Essa matéria recebeu alterações na Câmara e foi devolvida ao Senado na forma de um texto alternativo (SCD 3/2015), que acabou sendo aprovado pelos senadores no início deste ano.
Ao recomendar o veto, o Ministério da Economia e a Advocacia-Geral da União argumentaram que o projeto, ao disciplinar a profissão de historiador com a imposição de requisitos e condicionantes, restringe “o livre exercício profissional” e fere o princípio constitucional que determina ser livre “a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.
O projeto prevê o exercício da atividade de historiador a quem tem diploma de curso superior, mestrado ou doutorado em história, nacional ou estrangeiro com revalidação; a quem tem diploma de mestrado ou doutorado obtido em programa de pós-graduação reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com linha de pesquisa dedicada à história; e a profissionais diplomados em outras áreas que comprovem ter exercido a profissão de historiador por mais de cinco anos.
Paulo
Paim destacou que o historiador atua além da área acadêmica e oferece seus
serviços a outros setores, como turismo e artes. A regulamentação, segundo o
senador, é uma forma de valorizar e reconhecer esses profissionais. A senadora
Zenaide Maia (Pros-RN), que elogiou o acordo para a derrubada do veto, defendeu
o trabalho dos historiadores e disse que reconhecer a profissão é motivo de
orgulho.
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Com informações
da Agência Senado.
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