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Campanha pedirá que brasileiros fora do grupo de risco saiam de casa e quebrem o isolamento. (FOTO/ Agência Brasil). |
O
deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) entrou com uma ação no Tribunal de
Contas da União contra o governo federal, por conta da campanha publicitária
“Brasil não pode parar”, que custou R$ 4,8 milhões aos cofres públicos, e que
pedirá que a população interrompa a quarentena e saia às ruas, em meio à
pandemia do coronavírus, que já provocou 77 mortes no país, além de 2,9 mil
contaminações.
“A atitude de Bolsonaro e de seu ministro de
Comunicação é criminosa, porque tenta colocar uma parte da população contra os
profissionais de saúde, especialistas e autoridades sanitárias, que estão
preocupados em salvar vidas”, explica Padilha, que lembra de uma campanha
similar feita pela prefeitura de Milão, na Itália, um dos países mais atingidos
pela doença.
“É duplamente criminosa porque ela é quase
uma cópia de uma campanha feita pela prefeitura de Milão. E o prefeito de Milão
ontem pediu desculpas por essa campanha, depois de acumular mortes e caixões.
Ela é criminosa porque utiliza recursos públicos que deveriam estar sendo
utilizados para comprar máscaras, kits de diagnósticos ou recursos para os
hospitais”, aponta.
Para
o deputado, Bolsonaro se equivoca quando tenta antagonizar lucro de empresas
com a saúde da população.
“Ela (a campanha) é criminosa porque tenta
fazer uma polarização entre salvar vidas ou a economia. Temos que fazer uma
campanha em que o Brasil tem que viver, que a vida não pode parar, que a vida
tem que ser preservada, que a vida tem que ser defendida. Por isso, entramos
com ação no TCU e vamos entrar com ação popular, para que essa campanha seja proibida
e os recursos gastos sejam recuperados.”
A campanha
Contratada
após decreto emergencial do governo federal, a campanha “Brasil não pode parar” fará a divulgação do "isolamento
vertical" defendido por Jair Bolsonaro, que consiste em priorizar a
quarentena para grupos de riscos e idosos, liberando os demais para voltarem à
rotina de trabalho.
Condenada
por especialistas, a tese poderá ir ao ar ainda no próximo final de semana, mas
já estaria, de acordo com a revista Época, circulando em grupos de Whatsapp da
militância bolsonarista.
“Para os pacientes das mais diversas doenças
e os heróicos profissionais de saúde que deles cuidam, para os brasileiros
contaminados pelo coronavírus, para todos que dependem de atendimento e da
chegada de remédios e equipamentos, o Brasil não pode parar. Para quem defende
a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde
e dignidade, o Brasil não pode parar", afirma o locutor da campanha.
__________________________
Com
informações do Brasil de Fato.
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