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Manuela D'Ávilla durante vigília pró-Lula em Curitiba. (Foto: Ricardo Stuckert/ Fotos Públicas). |
Sob
ameaça de ficar isolado na disputa presidencial, o PT acenou com a
possibilidade de ter Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência,
como vice. A hipótese foi discutida nesta quinta-feira, 19, em reunião entre as
presidentes do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e do PCdoB, Luciana Santos, em São
Paulo. Gleisi excluiu o PR da lista de prioridades e disse ainda que conversa
com o PSB.
"Temos muita simpatia por este arranjo de ter
Manuela na vice. Obviamente, isso não é decisão que se tome neste momento.
Depende de uma discussão interna do PCdoB e também das discussões que o PT tem
internamente e com outros partidos", disse Gleisi, ao fim da reunião.
"Nós estamos conversando com o PSB e
tínhamos também conversa com o PR. Não terminaram as tratativas, mas nossas
prioridades são o PSB e o PCdoB", afirmou.
A
presidente do PCdoB, que por seu lado mantém negociações com o presidenciável
do PDT, Ciro Gomes, também demonstrou interesse na possibilidade de Manuela ser
vice, mas afirmou que a reunião não foi conclusiva. "Isso é algo que a
gente escuta e vê com bons olhos. Mas, enquanto essas coisas não se derem,
mantemos a candidatura de Manuela. Nada foi definitivo", disse Luciana.
Petistas
saíram animados da reunião. Os partidos avançaram em entendimentos nos Estados
e na estratégia para a disputa na Câmara.
Para dirigentes petistas, a decisão sobre a
vaga de vice deve ser discutida na reunião da executiva nacional, marcada para
esta sexta-feira, 20, mas o mais provável é que o assunto seja definido em uma
reunião extraordinária na semana que vem, depois de esgotadas as tratativas com
o PSB.
Existem
três hipóteses no PT atualmente sobre a vaga de vice. A principal é que o posto
seja entregue a um aliado. Outra possibilidade é que a vaga fique com o
ex-prefeito Fernando Haddad ou com o ex-ministro Jaques Wagner, possíveis
substitutos de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava
Jato, na disputa ao Planalto, caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da
Ficha Limpa. Uma terceira opção é indicar um nome que não seja visto como um
"plano B" a Lula, como o
ex-ministro Celso Amorim ou a própria Gleisi.
A
presidente do partido disse que o nome pode ser anunciado ainda na convenção,
marcada para 4 de agosto. "Podemos
já indicar o nome de vice. Não tem problema nenhum. Inclusive se prosperarem
nossas conversas com alianças, porque temos reiterado que gostaríamos de ter um
vice na composição partidária, ter outros partidos na nossa aliança e contar
com uma indicação destes partidos", afirmou.
Josué
Gleisi
disse que está fora de discussão a possibilidade de o PT oferecer a vice ao
empresário Josué Gomes da Silva (PR). "Essa
discussão não está colocada no partido", afirmou. Nesta quinta,
líderes do Centrão - que inclui o PR - fecharam apoio ao presidenciável do
PSDB, Geraldo Alckmin, e cobraram a indicação de Josué para a vice. (Com informações do O Povo/ Agência Estado).
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