A
criação deste dia, feito proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi
motivado em memória ao “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 21 de março de
1960.
Nesta
data, aproximadamente vinte mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, em
Joanesburgo, na África do Sul. Esta lei obrigava os negros a andarem com
identificações que limitavam os locais por onde poderiam circular dentro da
cidade.
Tropas
militares do Apartheid atacaram os manifestantes e mataram 69 pessoas, além de
ferir uma centena de outras.
Em
homenagem à luta e à memória desses manifestantes, o Dia Internacional contra a
Discriminação Racial é comemorado em 21 de março.
Leia,
a seguir, um texto dissertativo-argumentativo que trata do Combate ao Racismo.
Caminhos para combater o racismo no
Brasil
O
racismo no Brasil é algo pertinente desde o período colonial, no qual os
portugueses achavam que a cor da pele determinava características como: força e
capacidade intelectual. Com a abolição da escravidão e a criação de leis que
visam erradicar o racismo, essa prática criminosa diminuiu muito; no entanto,
ainda encontra-se presente na sociedade atual. Por conseguinte, as pessoas negras
sofrem diariamente com piadas na internet, recebem salários inferiores aos
brancos e são excluídas de vários grupos sociais. Logo, percebe-se que há uma
necessidade de o Governo, juntamente com a população, realizar medidas
preventivas para mudar esse cenário.
Periodicamente
a mídia relata casos de pessoas negras que foram atingidas pelo racismo, como o
caso do jogador de futebol Daniel Alves. Diante disso, percebe-se que grande
parte da população ainda pensa que o fato de possuir uma maior quantidade de
melanina na pele determina uma inferioridade, mesmo sendo provado por
cientistas que a cor da pele não atribui ao indivíduo uma menor capacidade
racional e física. Outrossim, alguns grupos, como os “skinheads”, acham que
deve existir uma supremacia branca, e eles usam como justificativa a questão da
escravidão no país. Assim, observa-se que essa prática ilegal deve ser
erradicada, uma vez que ela gera muitas consequências ruins.
Com
a evolução tecnológica e a propagação das redes sociais, o número de piadas
racistas aumentou drasticamente, fazendo com que o negro sofra cada vez mais
com esses atos. Ademais, dentro das empresas há um grande preconceito com a
população afrodescendente, que geralmente ocupa cargos inferiores e recebem
menos que os brancos realizando o mesmo tipo de trabalho. Também é importante
ressaltar que o racismo começa dentro das escolas, nas quais existem grupos de
amigos que excluem uma determinada pessoa simplesmente por ela ser negra. Dessa
maneira, fica claro que, se não houver uma melhora significativa, os índices de
racismos aumentarão.
Em
suma, é evidente que o preconceito com o negro está presente na sociedade
brasileira, e isso não pode ser encarado como normal e deve ser erradicado.
Para que isso ocorra, é necessário que o Governo Federal fiscalize de forma
efetiva os casos de racismos, punindo os infratores e garantindo a segurança
das pessoas. Além disso, é preciso que o Ministério da Educação (MEC) melhore o
ensino acerca da população africana, para que as pessoas aprendam desde
pequenos que não há diferença entre um indivíduo da cor branca e negra. Também
é imprescindível a participação da sociedade, que, por meio de mobilizações e
manifestações, deve se conscientizar e mudar esse cenário. Immanuel Kant disse
que o ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele, e são com
esses passos primordiais que o Brasil caminhará a uma nação que respeita todas
as pessoas. (Por Paulo Jorge, do Ibahia).
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Professor Nicolau Neto durante palestra na Escola Hermano Chaves Franck em novembro de 2017, no Sítio Pedra Branca, em Santana do Cariri. (Foto: Prof. Sandro Cidrão). |