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Ex-presidenta vai substituir o bolsonarista Marcos Troyjo, que chegou a se referir a Lula como "presidiário" - Pedro França/Agência Senado. |
A
ex-presidenta Dilma Rousseff deve comandar o Novo Banco de Desenvolvimento
(NBD), conhecido como Banco dos Brics. Indicada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT), Dilma já conta com o aval de China, Rússia, Índia e África
do Sul, que juntamente com o Brasil compõem o bloco que reúne as maiores
economias emergentes do mundo. Ela vai substituir o diplomata Marcos Troyjo, à
frente do NBD desde 2020, por indicação do governo Bolsonaro.
Com
sede em Xangai, o Banco dos Brics foi criado em 2015, tendo como
vice-presidente o economista Paulo Nogueira Batista Jr. O objetivo é servir
como alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional,
instituições controladas por norte-americanos e europeus. Assim, o NBD fornece
financiamento e assistência técnica para projetos de desenvolvimento para os
integrantes dos Brics e demais países em desenvolvimento.
A
permanência de Troyjo, bolsonarista de carteirinha, vinha causando mal-estar no
governo. Ele era comentarista da Jovem Pan e chegou a se referir a Lula como
“presidiário”, entre outras críticas grosseiras. Nesse sentido, nos últimos
dias, ele mesmo reconheceu a “saia justa”
em continuar à frente da instituição, após a chegada do novo governo. Agora ele
deve ocupar cargo no governo de São Paulo, a convite do governador bolsonarista
Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Investimentos
Desde
2002, o Brasil teve nove projetos aprovados no NBD, totalizando R$ 4,4 bilhões
em empréstimos. O maior valor, de R$ 1,2 bilhões foi para o projeto de
Infraestrutura Sustentável do BNDES. Desse modo, o banco repassa o recurso para
financiar obras de mobilidade urbana, energia renovável, saneamento e
transporte, tanto do setor público como da iniciativa privada.
Com
Dilma à frente, os empréstimos ao Brasil devem aumentar. Ela deve ficar à
frente do NBD até 2025. Além disso, também reforça as relações do Brasil com a
China, maior credor do Banco dos Brics. Dilma deve acompanhar Lula em visita ao
país no próximo mês. Em 2013, quando era presidenta, durante cúpula dos Brics
na África do Sul, a então presidenta ressaltou as afinidades que unem os países
do bloco.
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Com informações do Brasil de Fato.