A
miséria jornalística e mental das Organizações Globo foi brutalmente exposta ao
mundo ontem, na entrevista coletiva concedida por Obama e Dilma sobre o
encontro de ambos.
A
jornalista Sandra Coutinho da Globo fez uma pergunta que, jornalisticamente, é
a quintessência da obtusidade.
Aqui, o Vídeo
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E ela achou que tinha abafado. |
Presumivelmente,
o real autor da questão foi Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora e
célebre por um livro em que declara, triunfal: “Não somos racistas”. Uma
ex-apresentadora disse que todas as perguntas revelantes na Globo são obra de
Kamel.
O
primeiro erro técnico foi atribuir a Obama, na pergunta, uma opinião que é da
Globo, mas não dele.
Ela
afirmou que os Estados Unidos veem o Brasil como uma potência regional, e não
mundial.
De
onde ela tirou isso, ou Kamel?
O
Brasil é a sétima economia mundial, queira a Globo ou não. E nos últimos anos,
sobretudo com a ascensão de Lula, ganhou ressonância mundial.
A
Globo jamais iniciaria a pergunta daquela forma se o presidente fosse FHC ou
Aécio.
E
um bom jornalista nunca colocaria uma opinião dele mesmo na boca de qualquer
pessoa.
Pesquise:
quando Obama, ou alguma outra autoridade do governo americano, disse algo
parecido?
Foi
tão boçal a voz da Globo na coletiva que Obama, embora a pergunta não fosse
para ele, tomou o microfone.
Sandra
Kamel, chamemos assim, não se limitou a uma asneira numa só pergunta. Também
conseguiu incluir nela a crise econômica e política do Brasil como se isso
fosse realmente uma coisa incomum num mundo cor de rosa.
Ora,
os próprios Estados Unidos desde 2008 estão atolados em dificuldades
econômicas.
Obama
pareceu saber mais sobre o Brasil que a Globo. Notou que problemas no Congresso
estão longe de ser exclusividade do governo Dilma.
Ele
próprio enfrenta um Congresso extraordinariamente hostil desde que chegou à
Casa Branca. Foi épica sua luta para aprovar o projeto de saúde que lhe era tão
caro, o Obamacare.
Sinal
da realidade paralela vivida pela Globo e seus jornalistas, Sandra Coutinho
festejou sua intervenção patética no Twitter.
“Muita emoção conseguir fazer uma das quatro
perguntas da coletiva de Dilma e Obama!”, escreveu.
Fora
tudo, Sandra não fez qualquer esforço. Como mostra o vídeo da entrevista, a
palavra lhe foi dada por Dilma, num gesto que mostra a característica
subserviência de governos brasileiros, petistas ou não, à Globo.
As
palavras mentecaptas de Sandra Coutinho registraram, mundialmente, não apenas o
que a Globo pensa sobre o Brasil.
Mais
que tudo, elas captaram, ao vivo, a indigência jornalística e intelectual da
emissora.