Mais
novo ponto turístico da região do Cariri, o Museu do Couro recebe visitantes
desde dezembro de 2014. Ferramentas e peças antigas fazem parte do acervo
pessoal do artesão Espedito Veloso de Carvalho, o mestre Espedito Seleiro, que
começou a cortar e desenhar no couro ainda criança.
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Espedito Seleiro ao lado do Museu do Couro (Memorial Espedito Seleiro, em Nova Olinda-CE). Imagens Capturada do vídeo produzido pelo programa "Bom Dia CE". |
A
máquina exposta no museu era do pai de Espedito, que possuía uma oficina no
sertão dos Inhamuns. "Peguei a máquina que era do meu avô, trouxe para
dentro da oficina e comecei a trabalhar. Se essa máquina falasse, ela contava a
história mais certinha do que eu, que ela sabe do começo ao fim. Essa máquina
costurou peças para Lampião, peças para vaqueiros, tropeiros, para
ciganos", diz Espedito.
O
caminho das boiadas é mais uma parte da história do couro, que está ligada a do
mestre Espedito Seleiro. Roupas feitas do material, bolsas, chapéus e sapatos
de aboiadores podem ser vistos no museu.
O
couro ganhou vida, se modernizou. Em 2014, seu Espedito completou 75 anos e o
Museu do Couro foi a realização de um sonho antigo. "Não esperava, mas
sempre sonhava em fazer um museu com as minhas peças, ferramentas minhas e de
meu pai", afirma. O Museu nasceu da parceria de Seleiro e do fundador da
ONG Casa Grande, Alemberg Quindins.