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Joana
Guimarães Luz / Foto: Sirc - Divulgação - Reprodução.
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Das
memórias mais vivas da infância, Joana Guimarães Luz gosta especialmente de se
lembrar de uma: a fome da mãe pela leitura. “Na minha cabeça ficou a imagem
dela devorando Monteiro Lobato em uma tarde quente na nossa primeira casa, no
interior da Bahia.” Joana, que hoje, aos 61 anos, é reitora na Universidade
Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Itabuna, é a primogênita de uma família de
seis filhos que se mantinha com o plantio e a colheita de cacau em fazendas no
interior do estado. Mais precisamente em Itajuípe, cidadezinha de 21 mil
habitantes. “Vivíamos na roça, mas um dia minha mãe decidiu nos levar para
Salvador, onde teríamos uma educação melhor e chances de sair da miséria. Eu
tinha uns 9 anos. No fundo, ela sabia que só a educação nos salvaria. Foi
justamente o que aconteceu. Todos os meus irmãos seguem profissões sólidas
originadas na faculdade”, conta ela.