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(FOTO |Reprodução). |
9 de maio de 2024
Preto, pardo, branco, amarelo, indígena: quem é o que no Brasil?
26 de março de 2024
Abandono escolar é maior entre negros, diz levantamento do IBGE
2 de fevereiro de 2024
Ceará tem mais templos religiosos do que estabelecimentos em educação e saúde
26 de agosto de 2023
Índice de pobreza entre negros é quase três vezes maior que entre os brancos, segundo IBGE
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Estatística experimental do IBGE mede a pobreza com base em dimensões como moradia, transporte e lazer – Foto: Acervo IBGE |
O Instituto Brasileiro Geográfico (IBGE), divulgou um novo relatório nesta sexta-feira (25), revelando uma queda significativa na pobreza no país. A pesquisa que analisou os períodos de 2008-2009 e 2017-2018, revelou que o último período analisado registrou uma queda dos níveis de pobreza no Brasil, em relação ao primeiro. Porém os resultados mostram que a desigualdade se mantém.
28 de julho de 2023
10 dos 28 municípios da região do cariri conta com população quilombola, revela censo do IBGE
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Dona Maria Groso, matriaca da comunidade quilombola Lagoa dos Criolos, em Salitre-CE. FOTO | Bárbara de Alencar e Jayne Machado | Brasil de Fato CE). |
Por Nicolau Neto, editor
O
censo inédito do IBGE (2022) divulgado nesta quinta-feira, 27, acerca da
população quilombola do Brasil revelou que o Estado do Ceará é o 10º com maior
população desse grupo étnico-racial. São 23,9 mil quilombolas.
Os
dados demonstram que dos 184 municípios cearenses, em 67 há presença de quilombolas.
Destes, 10 estão na região do cariri que é formada por 28 municípios.
O
cariri apresentou 4.179 pessoas que se reconheceram quilombolas, sendo o
município de Salitre aquele que concentra o maior número, 1804, conforme levantamento
do blog Negro Nicolau. É em Salitre também que há o maior número em termos proporcionais
desta população em todo o Ceará.
O que são quilombolas?
Após a Constituição de 1988 (CF/88) é que o
termo “remanescentes de quilombolas” aparece pela primeira vez em um contexto
marcado pela memória de mais de três séculos de escravidão, mas também por mais
21 anos de recessão, de ausência de liberdade e de torturas trazidas pela
Ditadura Civil-Militar.
O “remanescente de quilombolas” surge dentro desse contexto, mas também marcado pela redemocratização e o Art. 68 da CF/88, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias traz:
Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
Quilombos
e comunidades remanescentes destes são símbolos de resistência ao poder
estabelecido que segregou e segrega, que escravizou e de luta por direitos
básicos como liberdade, terra e moradia e inserção social. O próprio artigo
trazido a lume é um exemplo de que as poucas conquistas da população negra são
frutos do poder da organização e da mobilização tendo como referência os
movimentos negros. Muitas das conquistas estão apenas nos papeis, infelizmente.
Outras, no entanto, estão incompletas.
O que os dados representam?
Os
números oficiais trazidos pela primeira vez em um censo do IBGE são de grande
importância, porém ainda estão subestimados. Há mais pessoas quilombolas no país,
especificamente na região do cariri. Como explicar que em Barbalha, Crato e
Milagres, por exemplo, não tenham quilombolas, municípios com históricos que
escravização? Isso demonstra que é primordial realizar um trabalho de campo junto
às comunidades, rurais e urbanas, em todos os municípios, sobretudo aqui na
região do cariri.
Por
outro lado, os dados elucidam e desmistificam a famigerada narrativa ainda em
evidência de que no Ceará não há negros e quilombolas. É fundamental que esse
material seja estudado e trabalhado nas escolas públicas e particulares.
Há
que se destacar ainda a pouca repercussão desse levantamento nos blogs e sites
do cariri. Até o fechamento desse artigo apenas o Portal Badalo, de Juazeiro do
Norte, havia mencionado (de forma genérica) os dados com uma replicação da
Agência Brasil. O blog do Amaury Alencar, de Crato, chegou a reproduzir matéria
deste blog sobre Altaneira.
Abaixo
você confere a presença quilombola nos municípios do cariri em um levantamento
do blog:
1 -Abaiara – não tem
2 - Altaneira
– 171
3 - Antonina do Norte – não tem
4 - Araripe
– 311
5 - Assaré – não tem
6 - Aurora
– 45
7 - Barbalha – não tem
8 - Barro – não tem
9 - Brejo Santo – não tem
10 - Campos Sales – Não tem
11 - Caririaçu – não tem
12 - Crato – não tem
13 - Farias Brito – não tem
14 - Granjeiro – não tem
15 -
Jardim – 640
16 - Jati – não tem
17 -
Juazeiro – 9
18 -
Mauriti – 54
19 - Milagres – não tem
20 -
Missão Velha – 28
21 - Nova Olinda – não tem
22 - Penaforte – não tem
23 -
Porteiras – 667
24 -
Potengi – 450
25 -
Salitre – 1804
26 - Santana – não tem
27 - Tarrafas – não tem
28 - Varzea Alegre – não tem
Referências
Comunidades
Quilombolas do Ceará: quantas tem e onde estão localizadas?. Blog Negro Nicolau, Nova Olinda, 28 de
julho de 2023. Disponível em: https://www.blognegronicolau.com.br/2021/04/comunidades-quilombolas-do-ceara.html
Lagoa
dos Crioulos: Lenda, toré, reza e parto. Brasil
de Fato CE, Ceará, 28 de julho de 2023. Disponível em: https://www.brasildefatoce.com.br/2021/03/05/lagoa-dos-crioulos-lenda-tore-reza-e-parto
Ceará
tem 23,9 mil quilombolas, aponta mapeamento inédito do Censo 2022. Diário do Nordeste, Ceará, 28 de julho
de 2023. Disponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/ceara-tem-239-mil-quilombolas-aponta-mapeamento-inedito-do-censo-2022-1.3397450
Brasil
tem 1,3 milhão de quilombolas em 1.696 municípios. IBGE, Brasil, 28 de julho de 2023. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37464-brasil-tem-1-3-milhao-de-quilombolas-em-1-696-municipios
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Planalto, Brasil, 28 de julho de 2023. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
4 de junho de 2023
70,3% da população de Nova Olinda-CE é negra, aponta estudo
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População negra de Nova Olinda-CE é maioria. (FOTO | Arquivo do blog | Lucélia Muniz). |
Por Nicolau Neto, editor
Entre
2012 e 2018, o número da população do Estado do Ceará que se declarou preta
dobrou. A informação tem como base os dados publicados em 2019 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2018.
Nesse
intervalo de tempo a população preta cearense teve um aumento de 82%, passando
dos 253 mil para 480 mil. Em termos percentuais o Ceará conta hoje com 5,3% de
pretos/as. Em 2012 o número era apenas de 2,9%.
Ainda
de acordo com a pesquisa que é feita a partir da percepção de cor e raça do
entrevistado e da entrevistada, o número de pardos no Ceará equivale a 65,7%,
enquanto que as pessoas que se autodeclararam brancas atingiu 28,2%. Se somados
pardos e pretos, o número de negros no Ceará atinge 71%.
No
município de Nova Olinda, na região do cariri cearense, tendo como base o
último censo realizado pelo IBGE em 2010, o número de negros/as representava
70,3%. As que se autodeclaravam brancas atingiu 27,2%, enquanto que as amarelas
ficaram com 2,1%.
Tanto
para o IBGE quanto para o Estatuto da Igualdade Racial, a população negra é
definida pela soma de pretos e pardo. Quando considerado somente o número de
pardos, o município atinge 64,7%. Em relação à população preta, esse número
chega 5,6%; Aqueles/as que se autodeclaram indígena atingiram a casa dos 0,2%.
Em
2010, Nova Olinda possuía 14.256 habitantes. A estimativa, segundo o IBGE para
2021 é de 15.798 pessoas. Os dados preliminares do próprio órgão divulgados no ano passado cravou uma redução. O número chegou a 15.437 habitantes.
Ainda de acordo com o próprio IBGE (dados preliminares, 2022), 56,1% de toda a população brasileira é negra. Os dados revelam também que mesmo a população negra sendo maioria, ela é sub-representada.
Maioria em população e minoria nos espaços de poder, tanto a nívl federal, quanto no Ceará e no município.
Referências
https://www.blognegronicolau.com.br/2021/01/populacao-negra-do-cariri-representa.html
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ce/novaolinda/pesquisa/23/25888?tipo=ranking
29 de dezembro de 2022
Brasil tem 207,8 milhões de habitantes, mostra prévia do Censo 2022
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Seguindo um modelo estatístico, o IBGE entrega resultado prévio a partir dos 83,9% da população recenseada - Foto: Claudio Vieira/PMSJC. |
O
IBGE divulga hoje (28) a prévia da população dos municípios com base nos dados
coletados pelo Censo Demográfico 2022 até o dia 25 de dezembro, que mostra que
o Brasil chegou a 207.750.291 habitantes este ano. Veja a lista completa aqui.
A
divulgação tem como objetivo cumprir a lei que determina ao Instituto fornecer,
anualmente, o cálculo da população de cada um dos 5.570 municípios do país para
o Tribunal de Contas da União (TCU). Seguindo um modelo estatístico, o IBGE
entrega um resultado prévio do ano de 2022 a partir dos 83,9% da população
recenseada.
"Este
modelo adotado foi bastante estudado e aprovado pela Comissão Consultiva do
Censo 2022, que olhou detalhadamente o processo desenvolvido para fornecer ao
TCU e à sociedade os melhores dados técnicos e reais possíveis", afirma o
diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
IBGE
adotou modelo estatístico para gerar a prévia da população
O
Instituto estudou propostas para cumprir as obrigações legais em relação à
divulgação das populações municipais. Após análises, a equipe do IBGE concluiu
que o melhor modelo é o que utiliza os dados do Censo 2022 nos municípios onde
a coleta já havia terminado e uma combinação de dados coletados e estimativas
para os demais municípios. "A missão do IBGE é retratar a realidade. Com a
discussão das propostas, escolhemos a que chega o mais próximo possível da
realidade populacional nos domicílios do país", explica o coordenador técnico
do Censo, Luciano Duarte.
As
informações divulgadas foram entregues hoje (28) ao TCU para fins de cálculo de
distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), feita de acordo com
o número de habitantes. A tabela com a prévia da população para cada município
será publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.). A nota metodológica e as
estimativas das populações para os 5.570 municípios brasileiros e para as 27
unidades da federação.
Domicílios ainda não recenseados devem
ligar para o Disque-Censo 137
Até
o dia 25 de dezembro deste ano, 83,9% da população já havia sido recenseada,
somando 87,7 milhões de domicílios particulares e mais de 178 milhões de
pessoas. O Censo 2022 está em campo realizando coletas desde 1º de agosto e
continuará durante o mês de janeiro de 2023.
______
Com informações do IBGE.
4 de dezembro de 2021
Brancos ganham 73% a mais que os negros em 2020, aponta IBGE
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Covid-19 vitimou mais pessoas negras – Foto: Thomas de LUZE/Unsplash. |
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou um levantamento
nesta sexta-feira (3), com base nos dados da Síntese de Indicadores Sociais,
revelando que as desigualdades entre pessoas brancas e negras aumentou no
primeiro ano de pandemia.
O
estudo mostra que o rendimento médio da população negras foi de R$ 1.764, já a
renda média das pessoas brancas ficou em R$ 3.056, 73,3% maior, em números
absolutos. Os homens tiveram uma renda de R$ 2.608, contra R$ 2.037 das
mulheres, representando uma diferença de 28,1%.
Em
relação ao mercado de trabalho, 53% da força de trabalho, segundo o IBGE, é
formada por pessoas negras, mas os salários são abaixo dos brancos. Além disso,
o levantamento mostrou também que 64,5% do total de desempregados são pessoas
pretas ou pardas. Os dados do IBGE mostram também que 67,3% dos jovens de 15 a
17 anos, estudantes brancos, tiveram acesso a computador, notebook e internet
simultaneamente. Já entre os pretos e pardos, esse número cai para 46,8%.
Pandemia e saúde
O levantamento
também mostrou que os negros morreram mais que os brancos durante a pandemia da
Covid-19. Segundo dados do Ministério da Saúde, na faixa abaixo de 70 anos, o
coronavírus tirou a vida de 57.681 homens pretos ou pardos e matou 56.942
homens brancos. “A variação do número de óbitos está relacionada ao estilo de
vida individual e às condições de vida de grupos sociais. Pretos e pardos têm
menor acesso a serviços de saúde e, portanto, menores condições de prevenção,
diagnóstico e tratamento de doenças”, afirma Leonardo Athias, analista da
pesquisa do IBGE.
“A Covid-19 atingiu mais a população idosa,
mais branca, mas mesmo isso não impediu que morressem mais homens pretos ou
pardos, o que evidencia o menor acesso a tratamento”, conclui Athias.
_____________
Com informações do Notícia Preta.
14 de novembro de 2019
Avanço da população negra no ensino superior é fruto da luta do movimento negro, avaliam educadores
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Dados do IBGE revelam que, pela primeira vez, negros são maioria nas universidade públicas. (FOTO/Mídia Ninja). |
9 de julho de 2019
O que deixaremos de saber com os cortes nas perguntas do Censo
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Frequentadores da Universidade de Brasília, em 2014. (FOTO/Edilson Rodrigues/Agência Senado). |
23 de maio de 2019
Com aumento de autodeclaração, Brasil tem 115 milhões de negros, diz IBGE
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(FOTO/Solon Neto). |
23 de fevereiro de 2019
Guedes pede redução de perguntas do IBGE: “Se perguntar demais vai descobrir coisas que não quer saber”
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Paulo Guedes pede redução das perguntas do IBGE. (Foto: Agência Brasil). |
7 de março de 2018
Só 10% das mulheres negras têm ensino superior no Brasil
“Em função da carga de afazeres e cuidados, muitas mulheres se sentem compelidas a buscar ocupações que precisam de uma jornada de trabalho mais flexível”, explica a coordenadora de População e Indicadores Sociais do IBGE, Bárbara Cobo, complementando que “mesmo com trabalhos em tempo parcial, a mulher ainda trabalha mais. Combinando-se as horas de trabalhos remunerados com as de cuidados e afazeres, a mulher trabalha, em média, 54,4 horas semanais, contra 51,4 dos homens”.
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Cotas aumentam a inserção de negros na universidade, mas mostram que o caminho da igualdade ainda é longo. (Foto: Victória Damasceno). |
10 de dezembro de 2017
Procuradora do Trabalho contesta dados sobre situação do trabalho infantil no Brasil, divulgados pelo IBGE
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Procuradora contesta dados sobre trabalho infantil, divulgados pelo IBGE. (Foto: Divulgação). |
2 de dezembro de 2014
Brasil tem aumento da expectativa de vida, envelhecimento e queda da mortalidade infantil
Em 2013, o Brasil teve aumento da expectativa de vida e queda na taxa da mortalidade infantil, além de confirmar a tendência de envelhecimento da população, segundo os dados das chamadas tábuas de mortalidade, divulgadas hoje (1º) pelo IBGE. A esperança de vida ao nascer passou de 74,6 anos, em 2012, para 74,9 anos. Na comparação com 1980, são 12,4 anos a mais. Chegou a 78,6 anos para as mulheres e 71,3 anos para os homens – acréscimos de 12,9 anos e 11,7 anos, respectivamente.
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No centro da imagem Dona Baiá, uma das mulheres que está nesses dados estatísticos. Foto: João Alves. |

20 de julho de 2014
Eleitores em Altaneira representam mais de 80% da população
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Altaneira registrada pelo Professor Fabrício Ferraz a 100 metros de altura. |

3 de novembro de 2013
Catolicismo perde espaço no Brasil
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Padre Alberto e fieis em procissão de São José. |
Os evangélicos pentecostais são o grupo com a maior proporção de pessoas na classe de rendimento até um salário mínimo (63,7%), seguido dos sem religião (59,2%). Entre os católicos, 55,8% estavam concentrados nessa faixa.
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Imagem capturada de um vídeo postado no youtube em 2012 por Wanderley Oliveira referente a última novena. |
Ao todo, 615 mil brasileiros se declararam ateus, o que corresponde a 4% do grupo sem religião. O pesquisador do IBGE explicou que esse número pode ser maior, já que a declaração nessa subdivisão foi feita espontaneamente, sem que houvesse um campo específico.
Via Agência Brasil
