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Bancada ruralista impede homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes. |
A
bancada ruralista se recusou a dar o nome de Chico Mendes ao plenário onde
funciona a Comissão da Amazônia, na Câmara dos Deputados. Os representantes da
Frente Parlamentar da Agropecuária, que fazem parte da comissão, criticam
duramente a homenagem. Alegam que o nome do líder seringueiro é uma ‘infeliz
escolha’ e que a história de Mendes ‘é uma farsa’.
Os
principais opositores são os deputados Moreira Mendes (PSD-RO) e Paulo César
Quartiero (DEM-RR).
O
projeto que batiza o espaço de Chico Mendes é da deputada Janete Capiberibe
(PSB-AP). Ele foi aprovado no plenário da Câmara há cinco meses. No entanto,
até agora, não foram instaladas placa e foto do seringueiro, nem houve qualquer
celebração, como é de praxe nesse tipo de evento. Janete disse que vai recorrer
para o cumprimento da decisão no plenário da Câmara.
Em
entrevista ao jornal O Globo, o deputado federal e produtor de arroz, Paulo
César Quartiero (DEM-RR), atacou o seringueiro. “Essa homenagem é um blefe.
Chico Mendes foi um factoide criado pelas ONGs.”
Chico
Mendes foi assassinado na porta de casa, em dezembro de 1988, pelos fazendeiros
Darly Alves da Silva e Darly Alves Ferreira, em Xapuri, no Acre. À época,
Mendes reuniu indígenas, pescadores e populações ribeirinhas para a criação de
reservas extrativistas e lutar contra a derrubada da floresta para dar lugar às
serrarias, ao pasto e aos latifúndios de monocultura.
Via Pragmatismo Político/Brasil de Fato