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(FOTO/ Tribunal Superior Eleitoral). |
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nota, na noite desta quinta-feira
(22), para rebater mais uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre suposta “fraude” nas eleições.
Em
sua live semanal, o titular do Planalto lançou teoria conspiratória dizendo que
a apuração dos votos seria feita por “meia
dúzia de servidores”, de forma secreta.
“Se o Lula tem 49% no Datafolha, o voto
auditável, impresso e com contagem pública, ele vai ganhar as eleições. O que
demonstra para gente o que ta acontecendo é o seguinte. Tiraram o Lula da
cadeira, tornaram elegível para ser presidente. De que forma? Pega o instituto
de pesquisa Datafolha, que ninguém confia mais mas está o tempo todo dizendo
que o Lula é o cara. A desconfiança é que esse percentual vai ser acertado
entre meia dúzia de servidores do TSE”, afirmo Bolsonaro.
O
TSE, sem citar o presidente, então, esclareceu que a informação é falsa. “Em verdade, a apuração dos resultados é
feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação.
Nesse momento, a urna imprime, em cinco vias, o Boletim de Urna (BU), que
contém a quantidade de votos registrados na urna para cada candidato e partido,
além dos votos nulos e em branco. Uma das vias impressas é afixada no local de
votação, visível a todos, de modo que o resultado da urna se torna público e
definitivo. Vias adicionais são entregues aos fiscais dos partidos políticos”,
diz o tribunal.
Na
longa nota, o TSE destrincha como funciona a apuração dos votos da urna
eletrônica e informa que há auditoria “antes,
durante e depois da votação”. “Há,
durante todo o processo, diversos mecanismos de auditoria e verificação dos
resultados que podem ser acompanhados pelos partidos políticos, pelo Ministério
Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil e por mais de uma dezena de
entidades fiscalizadoras, além do próprio eleitor”, escreve.
A
nova declaração de Bolsonaro colocando em xeque a segurança das urnas foi feita
no mesmo dia em que foi revelada ameaça feita pelo ministro da Defesa, general
Walter Braga Netto, ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as
eleições de 2022. O militar teria afirmado que, sem voto impresso, não haveria
o próximo pleito eleitoral.
“A proposta de contagem de votos impressos
manualmente pelos próprios mesários, em substituição à apuração automática pela
urna eletrônica, não criaria um mecanismo de auditoria adicional, mas
representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas
fraudes na história brasileira”, diz o TSE na nota.
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Com informações da Revista Fórum. Clique aqui e confira a íntegra do texto do tribunal.
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