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(FOTO/ Reprodução). |
A
Campanha Fora Bolsonaro, responsável por convocar e organizar os as
manifestações deste sábado (24) contra o presidente Jair Bolsonaro, divulgou um
balanço em que estima que cerca de 600 mil pessoas saíram às ruas para pedir o
impeachment do chefe do Executivo.
Ao
todo, foram realizados 509 atos no Brasil e no exterior, superando o último
recorde, da mobilização de 3 de julho, quando foram registrados 387 protestos.
“Nas
ruas, as principais bandeiras presentes foram em defesa da democracia e das
eleições, contra a propina da vacina e a favor da aceleração da vacinação em
todo o país. Mais uma vez foram presentes as homenagens aos mais de 540 mil
mortos vítimas da Covid”, diz nota dos organizadores.
“A Campanha ganhou mais capilaridade evidenciada
pelo aumento das cidades em que ocorreram as manifestações e mantém a relevante
mobilização em seu 4° ato desde o dia 29 de maio”, completa a Campanha Fora
Bolsonaro.
“Não tínhamos dúvida de que este dia de
protesto e de luta seria gigantesco, porque a cada dia aumenta a indignação de
amplos setores da sociedade contra do governo Bolsonaro”, avalia, por sua
vez, Raimundo Bonfim, coordenador nacional da Central de Movimentos Populares
(CMP), uma das entidades organizadoras dos atos.
São Paulo tem o maior ato
A
cidade de São Paulo, mais uma vez, contou com o maior ato do 24J contra Jair
Bolsonaro neste sábado (24). Cerca de 100 mil manifestantes se reuniram na
avenida Paulista para pedir o impeachment do presidente e mais agilidade na
vacinação contra a Covid-19.
Os
manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo
(Masp) e seguiram em marcha, pela rua da Consolação, até a região central da
cidade.
Ao
longo do ato, que contou com a presença de movimentos sociais, sindicatos, estudantes,
indígenas, torcidas de futebol e outros segmentos da sociedade civil,
lideranças políticas discursaram em carros de som.
Guilherme
Boulos (PSOL), por exemplo, afirmou que “o barco de Bolsonaro está afundando”.
Em sua fala, Boulos citou as ameaças que Bolsonaro vem fazendo às eleições de
2022 caso não seja implantado o voto impresso.
“Ele começa a ficar assustado com as
manifestações, CPI, queda de popularidade, aí começa a ameaçar com a baboseira
de que, se não tiver voto impresso, não vai ter eleição em 2022. Quero dizer
uma coisa para o Bolsonaro: vai ter eleição em 2022, sim, seu golpista sem
vergonha”, exclamou o psolista.
Boulos afirmou, contudo, que vai trabalhar para que Bolsonaro seja derrubado antes da eleição e que seu nome sequer conste na urna eletrônica. “Que em 2022 ele esteja no Tribunal de Haia respondendo pelo genocídio que está praticando”, atestou.
Já
Fernando Haddad (PT), por sua vez, pulou e dançou com a Juventude de seu
partido na rua e, do alto do carro de som, exclamou: “Nós estamos aqui com
vocês até a última gota de suor pra tirar o genocida do Palácio do Planalto”.
Derrota “fragorosa” de Bolsonaro
Também
presente na manifestação, o professor Ângelo Del Vecchio, diretor da Fundação
Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), celebrou a diversidade
do ato e analisou que o movimento aponta para uma “derrota fragorosa” de Jair
Bolsonaro.
“Se
a coisa andar do jeito que está andando, vamos ter um desenlace, se não
anterior à eleição, mas na eleição, uma derrota fragorosa pra ele [Bolsonaro]”,
disse Del Vecchio ao jornalista Marco Piva.
“Vi
aqui forças de centro-direita, de centro-esquerda, esquerda e até de
extrema-esquerda. Hoje estão convivendo pacificamente e é um avanço com relação
a outras manifestações. O objetivo é claro: vacina, combate à pandemia e
impeachment do Bolsonaro”, atestou ainda.
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Com informações da Revista Fórum.
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