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Tabata Amaral (PDT-SP) concedeu entrevista ao Poder360 no estúdio do jornal digital, em Brasília. (FOTO/Reprodução/Vídeo no YouTube). |
A deputada
Federal Tabata Amaral (PDT-SP) está em seu 1º mandato e enfrentou duras
críticas quando decidiu contrariar a orientação de seu partido na votação da
reforma da Previdência. Ao Poder360, ela disse que acha adequado analisar ponto
a ponto as proposições do Executivo, que há acertos na gestão Bolsonaro, mas
que os erros são muito maiores e em áreas mais sensíveis a ela.
A
congressista avalia que há pontos positivos no governo, como no Ministério da
Infraestrutura, comandado por Tarcísio de Freitas, e também a aprovação da
reforma da Previdência.
“A gente tem coisas boas, como o que
aconteceu com a reforma da Previdência. A reforma veio muito ruim do governo,
mas ela aconteceu, e ela segurou bastante pra gente ter condições de pagar
aposentadoria ano que vem, por exemplo”, disse.
Para
ela, contudo, os erros da gestão Bolsonaro ainda custam caro. Ela se coloca
como oposição ao governo, mas não acredita que isso lhe permite simplesmente ir
contra tudo que este propõe. A deputada diz que apoiará medidas que achar
corretas vindas do Executivo e irá tentar mudar o que considerar errado.
“O governo erra ao não entender que a eleição
acabou, o governo erra ao não dialogar com seus opositores, a não dialogar com
quem pensa diferente, o governo erra ao travar uma guerra ideológica”,
afirma.
Outro
ponto que Tabata ressalta é que há pouca efetividade em criticar o governo
apenas por criticar. Define-se como uma “otimista
impaciente”, e tenta dialogar com diferentes atores políticos para
conseguir as mudanças que acredita. Foi o que fez com a Previdência, segundo
ela, articulando com a bancada feminina e da educação.
“Enquanto a gente está aqui marcando posição
no plenário e esbravejando e falando um monte de coisa, meus amigos estão todos
desempregados onde eu moro”, disse a deputada, que vem da zona sul de São
Paulo.
As
críticas mais duras à atuação da congressista começaram quando ela decidiu que
apoiaria a proposta de reforma de aposentadorias. Isto aconteceu depois de o
texto ser alterado pelos deputados, que retiraram trechos que afetavam o BPC
(Benefício de Prestação Continuada) e a aposentadoria rural, entre outros
itens.
Outros
7 deputados do PDT contrariaram a orientação da sigla de serem contrários ao
texto. O ex-ministro e candidato à Presidência em 2018 pelo partido, Ciro
Gomes, chegou a ironizar a situação e questionar: “Por que ela não vai para o MBL?”, referindo-se a Tabata.
Sobre
o pedetista, a quem apoiou na corrida presidencial, Tabata diz que ele sabia de
sua posição de que o país precisava reformar a Previdência. Ela conta inclusive
que ele pensa isso também, já que defendia uma reforma durante a campanha.
“Então, quando ele [Ciro] inventa um monte de
coisas sobre mim, descarta minha trajetória, me ofende, não porque ele pensa
diferente de mim, porque no fundo eu não acho que ele pensa muito não, a
[reforma] que a gente aprovou é muito parecida com a que ele defendia, mas
porque eu não segui a orientação de uma pessoa…Eu acho que isso, eu não sei,
talvez ele não acreditasse tanto assim que eu era capaz e que eu era
inteligente para tomar decisões, estudar e etc”, afirmou.
A
congressista alegou que o partido se posicionou apenas sobre o texto enviado
pelo governo, que ela também era contrária. Depois disso, segundo ela, não
houve outras reuniões para deliberar sobre a versão que foi votada. A situação,
conta, provocou uma decepção em relação à sigla.
“É o partido que falou de uma proposta de
reforma da Previdência na campanha. Então, de certa forma, eu me decepcionei
porque eu acreditei muito nisso. O social pra gente é mais importante, mas
fiscalmente responsável”, completou.
Assista
à íntegra da entrevista abaixo:
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As informações
são do Poder 360.
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