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Governo Bolsonaro criou condições para as queimadas descontroladas na Amazônia, diz Marina Silva. (FOTO/Juan Barreto/AFP/Getty Images). |
Em
uma rápida avaliação da gestão de Ricardo Salles a frente do Ministério do Meio
Ambiente, a ex-ocupante do cargo Marina Silva é sucinta: "ele cometeu todos os erros".
O
principal deles, diz, ocorreu bem no começo, quando Salles aceitou o convite do
presidente Jair Bolsonaro para comandar a pasta.
"O segundo erro foi ter aceitado a tarefa de
destruir a governança ambiental brasileira", disse Marina, que assumiu
o ministério por cinco anos, durante os mandatos de Lula, e foi adversária de
Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018.
Em
entrevista a BBC News Brasil, Marina falou sobre as queimadas que vêm
devastando a região amazônica nas últimas duas semanas e da responsabilidade do
atual governo sobre esse cenário.
Segundo
a ex-ministra, incêndios sempre ocorreram, mas nunca incentivados pelo discurso
de um presidente. Para ela, de todos as gestões que já estiveram à frente do
Brasil, incluindo na ditadura militar, esta será a única que não deixará uma
contribução à conservação da floresta, mas poderá levar à sua "destruição total".
Contra
as acusações de que estaria sumida do debate público, convida os críticos a
olharem sua agenda e diz que a atual crise ambiental do Brasil lhe causa "muita tristeza e indignação".
"Para quem trabalhou e conseguiu, por
políticas públicas, uma redução de 83% de desmatamento durante dez anos é muito
triste ver tudo isso virando cinzas", diz.
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Clique aqui e leia os principais trechos da entrevista.
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