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Raquel Dodge e Bolsonaro, em sintonia, apesar dos ataques dele ao Ministério Público. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil). |
“Mito! Mito! Mito!” Bolsonaro foi recebido
assim na posse dos novos procuradores da República. Raquel Dodge, chefe da PGR,
lhe fez elogios públicos. Disse que o presidente "inaugura um mandato de
mudanças e renova a esperança de todos os brasileiros."
Tudo
isso depois de o presidente ter dito que vai ignorar a lista da corporação e
indicar para chefia do Ministério Público algum procurador sintonizado com suas
ideias. Segue a linha de FHC, que fez de Brindeiro seu fiel escudeiro.
Tudo
isso depois de Bolsonaro dizer que vai pra cima dos abusos do Ministério
Público na área ambiental, de defender acabar com a Justiça do trabalho e de
atacar uma série de direitos da patuleia. Não seria tarefa do MP defender esses
direitos?
A
anomalia dos altos salários de algumas carreiras de Estado transformou esses
postos no sonho de consumo da classe média brasileira. Seu João e Dona Maria
ganham menos de mil reais de salário mínimo, mas pagam impostos, diretos e
indiretos, para sustentar uma casta que ganhará até R$ 39 mil por mês num país
de 12 milhões de desempregados.
Parece
indecente. E é. O Estado brasileiro, com a ajuda da esquerda, inaugurou o
"empreendedorismo público". É possível enriquecer sem correr nenhum
risco com o suado dinheiro da viúva através do sagrado concurso público. Um
jovem de 25 anos faz seu primeiro concurso e entra em algumas carreiras
ganhando R$ 26 mil. Salário inicial. Uma bagatela, não?
Esta
jabuticaba indecente sequestrou o orçamento público. A aliança entre as
corporações das grandes castas do Estado e o capital financeiro em torno do
"Mito" vem desde as eleições. Com o aperto nas contas públicas é
preciso "tirar o povo da jogada", restringir políticas públicas para
continuar financiando os privilégios e os negócios de alguns.
"Respeito
a eleição da categoria" e outras baboseiras supostamente republicanas são
algumas das realidades imaginárias inventadas para seduzir uma esquerda ingênua
"que se sente francesa". O que sempre importou de fato é o destino
dos impostos pagos por Dona Maria e Seu João.
Se
vão preservar "nossos interesses de classe, que se dane a
democracia". A lição é dura. Foi aprendida? (Por Ricardo Cappelli, no
Congresso em Foco).
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