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Segundo Maria Eliane, mais de 5 mil pessoas participaram do ato em memória de Silvany na Praça da Sé, em Crato. (Foto: Reprodução/Facebook). |
“A Praça
da sé, ontem, 20 de agosto, tornou-se lugar de luta e indignação coletiva:
homens, mulheres, professor@s, estudantes, religios@s, negr@s, lgbtts, idos@s,
crianças estiveram para dizer "Basta de feminicídio", basta de
violência, misoginia.
Estivemos lá para denunciar que a
prática machista, com raíz patriarcal, faz mal à sociedade e aniquila a vida
das mulheres e condiciona sofrimento à toda família, deixa filhos órfãos e
espalha medo.
Estivemos lá para dizer que o
machismo, esse que avilta vidas das mulheres, reforça a cultura do silêncio e
do feminicídio faz parte das estruturas sociais e políticas, portanto, presente
em todas as instituições, aqui citando, a igreja e a escola.
Foi para pedir justiça pelo
assassinato, foi para que o homem que achou ser dono do corpo e da vida de Silvany
seja punido severamente.
Foi para nos curar coletivamente,
nos fortalecer e nos encher de esperança de transformação dessa situação que
somente de 2016 a agosto de 2018, 856 mulheres foram assassinadas, vítimas do feminicídio,
no Estado do Ceará.
Na região do Cariri, Ceará, nesses
últimos 10 anos foram mais de 300 mulheres, também assassinadas.
Foi para "chorar
coletivamente, viver o luto" e dizer que somente juntas e juntos seremos
capazes de denunciar "esse montro" chamado machismo estrutural.... e
anunciar um outro mundo possível, onde homens e mulheres, com sua diversidade,
aprenda que o caminho do "Bem viver" é mais interessante, amoroso e constrói
vidas em abundância...
Foi por mim, por elas, por nós e
por todas...
Silvany, presente!”
(Texto de Maria Eliane, no Facebook).
O
ato foi organizado pela Frente de Mulheres de Movimentos do Cariri em memória
de Silvany Sousa e de todas as vítimas de feminicídio. Ela foi assassinada em
praça pública, pelo ex marido, que não aceitava a separação. A frente afirmou
que assim como ela, outras oito mulheres foram vítimas de feminicídio esse ano.
Foram 337 mulheres mortas em 2017. Em 2018, ano em que a Lei Maria da Penha
completa 12 anos, passamos dos 219 assassinatos no Ceará.
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