A
nação está cansada. Chegou a hora de se pôr um fim à aventura golpista de
Michel Temer e da quadrilha que levou consigo para o governo. Só resta a ele a
renúncia ao cargo, abrindo caminho para o Brasil promover eleições diretas para
a presidência, vice-presidência, senadores e deputados federais. É a forma que
o País poderá reconciliar-se, retomando o caminho do crescimento com justiça
social e respeito à democracia, com um governo legítimo que leve em conta os
interesses nacionais e os direitos da população.
Do
CartaCapital - A gravidade da
denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na
segunda-feira 26, envergonha os brasileiros e mancha o nome do Brasil na
comunidade internacional. Pela primeira vez em nossa história, um presidente da
República, em pleno exercício do cargo, é denunciado pelo crime de corrupção
passiva.
Temer,
além de incapaz de governar, não só pela falta de preparo, mas pela falta de
condições morais e por estar atolado até o pescoço em esquemas de corrupção,
conforme a denúncia da PGR, está perdido na ilusão de que pode continuar no
cargo. Parece o jogador que perdeu o jogo e blefa dobrando a aposta, na vã
tentativa de escapar do destino traçado.
Se
não renunciar, caberá à Câmara dos Deputados aprovar o prosseguimento da
denúncia contra Temer, para o Supremo Tribunal Federal dar sequência ao
processo. Os deputados não podem fugir de suas responsabilidades num momento
tão grave na vida do País. Passamos por uma gravíssima crise institucional,
política, econômica e social que só será superada com novas eleições.
Os
deputados não podem tergiversar. Queremos que a votação do processo de
afastamento que permita ao Supremo Tribunal Federal processá-lo aconteça em uma
sessão em um domingo, transmitida pela televisão, ao vivo e em cores. Para todo
o Brasil ver quem apoia ou não um governo que, além de mergulhado na corrupção,
é reprovado por mais de 90% da população, conforme atestam diversas pesquisas
de opinião.
É
um governo destruidor de direitos conquistados ao longo de décadas pela população
brasileira. Só age de acordo com os interesses de setores privilegiados da
sociedade, em especial o financeiro. Tem compulsão entreguista para vender a
preço de banana, a grupos estrangeiros, nossas riquezas nacionais, como o
petróleo do pré-sal e os ativos da Petrobras.
O
governo Temer não tem mais condições de governar, não tem nenhum respeito
externo e leva o Brasil para o abismo, em todos os sentidos. A recente viagem
de Temer à Rússia e a Noruega vão para a História como uma das maiores trapalhadas
diplomáticas do País. Foi um vexame. Não só não trouxe nada de positivo, como
acabou punido pela Noruega com a suspensão de doações ao redor de 200 milhões
de reais para ações de preservação ambiental na Amazônia, pois o atual governo
não tem nenhum compromisso com o meio ambiente.
Temer
virou uma piada no Brasil e no exterior. Deve entrar no Guiness como o
presidente que atingiu a mais baixa popularidade no mais curto espaço de tempo.
Sua aprovação coincide com a margem de erros das pesquisas. É um demolidor de
direitos e só empurra o Brasil para o abismo.
Nossa
economia derrete. São mais de 14 milhões de desempregados, a descrença
contamina a alma dos brasileiros. Os jovens, desiludidos, sem perspectivas, só
pensam em ir para o exterior. A economia está parada, não há investimentos e
uma grave crise institucional e política agrava o quadro. Os brasileiros
percebem que Temer é a antítese de qualquer governante legítimo e democrático.
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Na tevê, Temer confronta o procurador-geral Rodrigo Janot. Fotos Públicas. |
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