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Estillac Leal, Ministro da Guerra e Getúlio Vargas, em 1951. Acervo: Fundo Correio da Manhã. |
Em discurso proferido no Palácio do Catete, em 3 de outubro de 1944, Getúlio Vargas afirmava que “só as mentalidades impermeáveis aos ensinamentos dos fatos podem acreditar, ainda, na validade dos princípios do laissez-faire econômico e nos seus corolários políticos”. Por “fatos”, talvez se reportasse a outro outubro, o de 1929, quando a quebra da Bolsa de Valores de Nova York impugnou pela experiência o dogma do mercado autorregulado de Adam Smith. Quiçá, aludisse ao passado colonial do Brasil, da América Latina em geral, presentificado naquilo que, pouco depois de encerrada a Segunda Guerra Mundial, passaria a responder pelo nome de “subdesenvolvimento”. Dando seguimento ao discurso, Vargas mesmo o esclarece: “o combate ao colonialismo econômico é precisamente um dos pontos doutrinários em que todos os brasileiros estão de acordo”.