O
deputado federal (PPS-BA), relator da reforma da Previdência, afirma que só
deve haver um regime de contribuição mais brando para as mulheres caso elas
sejam casadas ou mães. Mesmo em categorias como trabalhadoras rurais ou
policiais civis, para ele, não pode ter uma regra geral para o sexo feminino, a
não ser em funções consideradas de risco, como investigadoras.
“Se você é uma mulher casada, tem filho,
cumpre jornada no seu trabalho e chega em casa tem que cuidar de filho, marido
etc, é um fato a ser considerado. A mulher que é solteira, que não se casou,
não tem filho, por que ela vai ter uma diferença em relação ao homem?”,
declarou em entrevista ao HuffPostBrasil.
Questionado
sobre pesquisas que confirmam que as mulheres são sobrecarregadas com o
trabalho doméstico, o parlamentar disse desconhecer os dados. “Os estudos que eu vi não fazem essa
diferenciação. O que o IBGE fala é que nesse caso não tem diferenciação.
Suponhamos que eu seja solteiro e você solteira, trabalhamos ambos no mesmo
jornal. Por que você ter uma aposentadoria diferente da minha? Eu não vejo
lógica nisso”, argumentou.
De
acordo com o levantamento “Mulher e
trabalho: avanços e continuidades”, publicado em 2010 pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 86,3% das brasileiras com 10 anos ou mais
afirmaram realizar afazeres domésticos, frente a 45,3% dos homens.
Segundo
a pesquisa “Trabalho para o mercado e trabalho para casa: persistentes
desigualdades de gênero”, publicada em 2012 também pelo Ipea, as mulheres
gastam, em média, 26,6 horas por semana realizando afazeres domésticos. Para os
homens, são 10,5 horas semanais.
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Deputado Federal Arthur Maia. Foto: Agência Câmara. |
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