Na
última sexta-feira, 04 de novembro, a Câmara Municipal de Altaneira reascendeu a discussão acerca do aumento de mais de 44% nos subsídios dos Agentes
Políticos de Altaneira.
Os
edis vinham sendo acusados de omissão por não terem se manifestado acerca do
movimento puxado pela Fundação ARCA que considerou o reajuste abusivo, chegando
inclusive a reunir professores, universitários, demais servidores públicos e
simpatizantes vindo a propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para que a
comunidade decida sobre a redução para 11.6% - valor dado ao salário mínimo.
Todos
os parlamentares que se posicionaram reforçaram críticas aos líderes da
Fundação ARCA, uns mais e outros menos incisivos. Para além das críticas já
mencionadas neste blog, a fala do vereador professor Adeilton com mandato pelo
PSD e que no último dia 02 de outubro consegui ser reconduzido para mais um
mandato (embora haja possibilidade de que não assuma visto pedido de impugnação
de sua candidatura em análise no corte máxima) chamou a atenção.
Em
um momento de crise econômica em que o país através do (des)governo Temer está
propondo cortes nos investimentos públicos, onde a Pec 241 – agora 55 no senado
é a expressão máxima desse desmantelo financeiro, o vereador caminha no sentido
de reforçar o que todos nós já sabemos. A crise só existe para os mais pobres.
Ela só atinge os mais pobres. A nível nacional, tão logo a Câmara Federal
aprovou em segundo turno a Pec da Morte, votou imediatamente aumento nos
salários da polícia militar. Antes já havia votado o aumento dos membros do
STF.
![]() |
Vereador Adeilton (PSD) em discurso na Câmara. Foto: vereadora Zuleide. |
Na
sua fala na tarde de sexta-feira, Adeilton falou em alto e bom som que está
aberto ao diálogo, mas frisou “a minha
posição é em defesa do teto, nem que a Câmara não possa pagar”. Como assim?
E o diálogo? Como estou aberto ao diálogo se já tenho opinião formada? Como vou
dialogar se não abro mão da minha defesa? A frase do vereador é que como se
desse um tapa na cara do povo. Vamos sugar o máximo do povo, nem que eles não
aguentem.
O
povo já será massacrado ao extremo com a Pec, pois resultará em menos hospitais
e menos medicamentos, menos escolas e menos investimentos em programas educacionais,
menos ações na assistência social, na agricultura familiar, menos projetos para
a cultura, menos, menos, menos..... Menos tudo para o povo. Quando o vereador
diz “nem que a Câmara não possa pagar”
na verdade é “nem que o povo não posso
pagar”, o mesmo povo que o elegeu.
A
mesma postura tomou Genival Ponciano (PTB) ao afirmar que votou pela aprovação do
reajuste e que mesmo que o projeto de iniciativa popular chegue à Câmara não
mudará de posição, pois, segundo ele, não será covarde. A covardia com os
colegas vereadores não pode ser feita, mas com o povo que é que arcará com
essa despesa.........
Já
o vereador Deza Soares arguiu que aceita reduzir, mas dentro daquele valor que
estipulou quando propôs emendas no Projeto e que foi rejeitada – em até 30%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao comentar, você exerce seu papel de cidadão e contribui de forma efetiva na sua autodefinição enquanto ser pensante. Agradecemos a sua participação. Forte Abraço!!!