Ao
participar da abertura da 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária, a
presidenta Dilma Rousseff voltou a prometer um contato maior com os
representantes da sociedade civil. Dirigindo-se aos participantes da
conferência, mas num recado a todos os movimentos sociais, Dilma destacou que
recebeu novo mandato para “continuar
fazendo mudanças” e priorizando a relação com o setor da economia
solidária.
A presidente Dilma Rousseff disse que recebeu novo mandato para "continuar fazendo mudanças" e priorizando a relação com o setor da economia solidária. Foto: Agência Brasil |
Antes
de pedir “humildemente” a contribuição de cada um dos presentes à conferência
para a elaboração das propostas prioritárias do encontro, a presidenta enumerou
vários compromissos de seu segundo mandato: inclusão social, emprego, acesso à
educação, estabilidade política e econômica, investimento em infraestrutura e
na modernização do país e elevação da renda do povo brasileiro.
“Nos próximos quatro anos, vou estabelecer,
de forma sistemática, diálogo construtivo e continuado com vocês. Vamos
fortalecer ainda mais empreendimentos solidários em todo o país. Vamos
aprimorar mecanismos de oferta de crédito para sempre e vamos dar novos passos
na regulação da economia solidária, garantindo a ela mais sustentabilidade e
estabilidade”, prometeu. Dilma declarou, ainda, que vai avançar na
assistência técnica, já que a economia solidária é capaz de demonstrar a “melhor gestão compartilhada possível”.
Ao
citar ações promovidas pelo governo federal nos últimos anos, no sentido de
institucionalizar a economia solidária como uma política de Estado, Dilma
ressaltou que o compromisso com a criação de oportunidades será mantido. “Sabemos que o povo brasileiro tem imensa
capacidade de superação, de agarrar com duas mãos as oportunidades, por esforço
próprio, com portas abertas”, disse, em referência aos investimentos no
setor.
A
presidenta foi a primeira a falar no evento, diferentemente do usual.
Geralmente, os organizadores da conferência, representantes de movimentos e até
os ministros costumam falar antes de Dilma, que geralmente fecha as cerimônias.
Ela disse que sua agenda é uma "loucura", mas fez um esforço grande
para participar do evento. “Agora
acostumei com a loucura, então vai continuar”, brincou.
Nesta
quinta-feira (27), foram anunciados os novos ministros da equipe econômica de
Dilma. Durante seu discurso, algumas vozes foram ouvidas na plateia com
manifestações sobre as próximas indicações. Antes que a presidenta encerrasse
sua fala, foi possível ouvir gritos de “Fora Kátia Abreu”, nome que é cotado
para assumir o ministério da Agricultura.
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