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Não há compensação de aulas no novo programa do Gover nador Geraldo Alckmim. Governo paulista põe fim as aulas e quer aumentar a qualidade do ensino |
O
governo do Estado de São Paulo retirou o ensino de História, Geografia e
Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A nova modalidade faz parte
da primeira reformulação curricular que inicialmente seria aplicada nas escolas
em tempo integral.
A
retirada das aulas da grade curricular vale para as 297 escolas que estão no
suposto programa de ensino integral implantado a partir de 2006 e exclui as 21
escolas que não migraram para o novo modelo de ensino integral – criado em 2012
para o ensino médio e estendido para o fundamental neste ano.
Mesmo
permanecendo na escola por 8 horas todos os dias, os alunos dessas 297 escolas
não terão aulas de Ciências Físicas e Biológicas, História e Geografia, onde
até o ano passado tinham sete aulas semanais dessas matérias até o 3º ano do
Ensino Fundamental. Segundo a Secretaria de Educação, os horários serão
preenchidos por aulas de Língua Portuguesa e Matemática.
Os
alunos do 1º e 2º, 3º ano terão 15 aulas semanais de Língua Portuguesa que
corresponde a 60% da carga horária semanal, seis aulas de matemática (25%) e
Educação Física e Artística ficam com 4 aulas semanais (15%).
No
3º ano a carga de Matemática sobe para 40% e cai a de Língua Portuguesa (para
35%). Só nos 4.º e 5.º anos os alunos passarão a aprender ciências, história e
geografia, o equivalente a 7 aulas, ou seja, a mesma carga que se aplica hoje,
num modelo em que desde o 1º ano se tem essas matérias. Portanto, existe uma
diminuição do conteúdo aplicado ao longo de todo E.F. Não há compensação de aulas
no novo programa do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A Secretaria de Educação
argumenta que “o objetivo é tornar o currículo mais atraente”.
A
professora Maria Izabel Noronha, Bebel, presidente do Sindicato dos Professores
do Estado Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), criticou as mudanças. “Tem
de haver um fortalecimento em português e matemática, mas não retirar
totalmente outras disciplinas. As crianças precisam ter acesso ao conhecimento
geral, senão a escola fica só para habilitar”, destacou Bebel.
Já a
Secretaria estadual de Educação emitiu nota apontando que estas matérias seriam
aplicadas de forma “transversal” dentro de outras matérias, ou em oficinas no
decorrer do dia.
QUALIDADE DE ENSINO
Com
o aumento das aulas ministradas, o governo estadual tenta melhorar os índices
de avaliação dos alunos dessas escolas em seus exames. Já que provas como o
Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo)
avaliam somente as disciplinas de Português e Matemática.
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Há
anos os índices patinam, apresentado números pífios de desempenho e
demonstrando o que, na prática, se vê na maioria das escolas paulista.
No
último dia oito a Secretaria de Educação divulgou os resultados do Índice de
Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) de 2012, onde nos
anos finais do Ensino Fundamental (8º e 9º ano) o rendimento dos alunos
regrediu de 2,57 em 2011 para 2,50. E na média geral, entre EF e Ensino Médio
também houve redução do desempenho. De 2,61 em 2011 para 2,59 em 2012.
O
resultado apresentado pelos alunos na prova do Saresp para avaliar o desempenho
do ensino nos mostra que com 18 anos de governo tucano ainda temos 55,9% dos
estudantes do 8º e 9º ano, com nível básico na aprendizagem de Língua
Portuguesa, 28,5% abaixo do básico, apenas 14% em nível considerado adequado e
míseros 1,6% com nível avançado.
Em Matemática os índices da Secretária de Educação do Estado são ainda piores. 53,2% dos alunos dos anos finais do EF estão no nível básico, 36,6% abaixo do básico. Menos de 10% dos alunos de toda a rede estão em nível adequado, apenas 9,1%. E só 1% de todos os alunos do 8º e 9º ano do Estado mais rico da federação são considerados nível avançado em Matemática.
Quando
a amostragem se dá pelos alunos do Ensino Médio a situação é a mesma. Em Língua
Portuguesa 38,8% dos estudantes estão em nível básico e 34,4% abaixo do básico.
26,3% se encontram em nível adequado e apenas 0,5% em nível avançado.
Já
em matemática a situação é ainda pior do que no E.F. 55,8% dos alunos estão
abaixo do básico e 39,4% em nível básico. Em nível adequado somente 4,5% dos
alunos alcançaram a faixa e em nível avançado apenas 0,3%.
Com
informações de Viomundo
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