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Na reunião de quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados foi aprovada proposta que retira poderes do Superior Tribunal Federal - STF |
Petistas
e aliados da presidente Dilma Rousseff reagiram à decisão do STF com acusações
de que o Judiciário interferiu numa decisão que é do Congresso. Os governistas
afirmam que a postura do Supremo “quebra a harmonia” entre os dois Poderes. O
despacho ocorreu horas depois de avançar na Câmara uma proposta que retira
poderes do Supremo. “O Supremo pode se manifestar sobre leis, mas interromper
um processo de votação é algo absurdo. Imagine se o Congresso for definir
quando o Supremo se reúne ou outras decisões que cabem aos ministros? Isso
quebra a harmonia entre os Poderes”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE).
Para
o líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (CE), Congresso
e Judiciário terão que estabelecer “regras claras” de convivência para evitar
embates. “Nesse tom entre Congresso e Judiciário, se não estabelecermos regras
claras do que cabe ao nosso Congresso, vamos parar no fim do mundo”, disse.
Mesmo contrário ao projeto que inibe novos partidos, o senador Roberto Requião
(PMDB-PR) afirmou ser “inaceitável” a interferência do Supremo na tramitação de
um projeto que está no Senado. “O Supremo interferir para impedir o Congresso
de discutir uma matéria sem saber se ela vai ser aprovada, ou não, é um absurdo
total. Isso não colabora para o equilíbrio entre os Poderes. Provoca a
retaliação e o conflito”.
Autor
do projeto, o deputado Edinho Araujo (PMDB-SP) se disse “surpreso” com a
decisão tomada pelo ministro Gilmar Mendes, mas disse que deveria ser
respeitada. O deputado afirma que não houve ilegalidades na tramitação da
proposta pelo Congresso, com as votações respeitando o regimento da Casa. “A
questão de dizer que o projeto é apressado é uma questão regimental interna do
Congresso”, afirmou o deputado.
Em
decisão provisória (liminar), Gilmar Mendes suspendeu a tramitação da proposta
com o argumento de que o projeto foi analisado com “extrema velocidade” e
representa “aparente tentativa casuística de alterar as regras para criação de
partidos” em prejuízo de “minorias políticas” e da “própria democracia”.
Com
informações do O Povo
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