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Sob ataque de ruralistas e a vigência da Lei do Marco Temporal, indígenas afirmam não querer ser ouvintes na COP30. (FOTO | Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil) |
23 de janeiro de 2025
Movimento indígena cobra estar na copresidência da COP30
7 de novembro de 2022
Movimentos negro e indígena defendem demarcação de terras e luta contra o racismo na COP-27
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Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas e a Coalizão Negra por Direitos estão na COP-27 (Foto: Reprodução). |
A
Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP-27), iniciada neste domingo (6) no Egito, vai contar com a participação de
diversos militantes brasileiros. Entre eles estão delegações da Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil (APIB), da Coalizão Negra por Direitos e da
Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq).
A
COP também contará com a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva, que aceitou os convites de governadores da Amazônia Legal e da
presidência egípcia para participar do evento.
A
Apib tem como pauta central a demarcação de Terras Indígenas (TIs) no país. A
associação afirma que as TIs “são as áreas com maior biodiversidade e com
vegetação mais preservadas, visto que são territórios protegidos e manejados
pelos povos originários”.
“Se a gente fala de justiça climática, a
gente não pode esquecer dos povos indígenas e da justiça social. Nós, povos
indígenas, temos responsabilidade nessa proteção”, afirma Wal Munduruku,
umas das participantes da cúpula.
Para
ela, a presença de Lula no evento é uma oportunidade. “A gente precisa fazer urgentemente com que ele [Lula] assuma esse
compromisso de demarcação de terras e de não liberação de mineração em
territórios indígenas”, defende.
A
importância da manutenção dos territórios já existentes e da demarcação de
novas terras indídenas pode ser demonstrada com dados. Um cruzamento de
informações realizado pela APIB em 2022, em parceria com o Instituto de
Pesquisa Ambiental do Amazonas (Ipam), com dados do MapBiomas, aponta que no
Brasil 29% do território ao redor das TIs está desmatado, enquanto dentro das
mesmas o desmatamento é de apenas 2%.
Dinamam
Tuxá, coordenador executivo da APIB, vai participar do painel “Transição governamental e política
socioambiental brasileira” no dia 9 de novembro.
Movimento negro
A
comitiva da Coalizão Negra por Direitos leva à COP-27 a denúncia sobre o
racismo ambiental que existe no Brasil. Entre os principais pontos da pauta do
grupo estão a redução das desigualdades para que o país alcance a justiça
ambiental, implantação de metas ambientais que levem em conta as ameaças à
população negra, a valorização dos territórios quilombolas e a escuta das
pautas do Sul Global.
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Com informações do Geledés.