![]() |
Apesar de corresponderem a maioria da população, negros ainda são minorias na graduação e principalmente na pós. (Foto: TVT/Reprodução). |
Em
debate que abriu a Semana da Consciência Negra, cujo dia é celebrado em 20 de
novembro, professores e estudantes da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em
São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, argumentaram, nesta
segunda-feira (5) sobre a importância das políticas de cotas para negros em
cursos de pós-graduação que, segundo os participantes, são ainda mais elitistas
e restritos que os cursos de graduação.
Dados
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) confirmam a percepção dos
docentes e alunos ao indicam que, apesar do aumento no número de mestrandos e
doutorandos negros, entre 2001 a 2013, que passou de 48 mil para 112 mil
estudantes, essa parcela da população corresponde apenas a pouco menos de 30%
dos alunos que cursam uma especialização.
"O que a gente tem no Brasil hoje é uma
produção de conhecimento que é majoritariamente masculina e branca, só que esse
lugar não é tomado como lugar racializado ou de gênero, mas é",
explica a professora do departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo
(USP) Márcia Lima ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, acrescentando
que inclusão é uma forma também de repensar o conhecimento acadêmico. (Com
informações da RBA).