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23 de novembro de 2017

Unicamp aprova cotas e prova exclusiva para indígenas no vestibular


A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai adotar o sistema de cotas com reserva de 25% das vagas para candidatos autodeclarados pretos e pardos. A decisão do Conselho Universitário da Unicamp desta terça-feira (21) passará a valer a partir do vestibular de 2019.

A Unicamp também anunciou que pretende criar um vestibular para indígenas a partir de 2021. A reunião que decidiu as novas diretrizes da instituição contou com a participação de representantes de movimentos sociais e de povos indígenas.

"Nós vamos ser a primeira universidade pública a ter uma junção de sistemas de ingresso. O vestibular tradicional continuará sendo o principal mecanismo, gerenciando aproximadamente 80% das vagas. Nós expandimos isso com candidatos do Enem que poderão ingressar na faculdade e também teremos um vestibular indígena", explica José Alves, da Comissão de Vestibulares da Unicamp.

A expectativa da universidade é aumentar o numero de estudantes vindos de escolas públicas e de alunos pretos e pardos – que atualmente representam apenas 29% dos estudantes. O objetivo é alcançar 37% dessa população nos cursos de graduação.

"As cotas vêm no sentido de garantir que se tenha engenheiros negros, médicos negros, professores e pesquisadores negros", afirma o ativista do movimento estudantil Bruno Ribeiro à reportagem da TVT.


Já a estudante Taina Santos acredita que a universidade ficará mais diversificada. "Eu viso uma Unicamp melhor do que eu entrei. É um marco importante e contribui para que a universidade continue caminhando no sentido de contribuir com a democracia." (Com informações da RBA).

O objetivo da Unicamp é alcançar 37% de negros e pardos nos cursos de graduação.
 (Foto: Antonio Scarpinetti/ ASCOM/Unicamp).

30 de maio de 2017

Um passa a frente. Unicamp aprova implementação de cotas étnico-raciais



Após um longo processo de lutas, com a greve de 3 meses em 2016, nesta terça o Conselho Universitário aprovou a implantação de cotas na Universidade de Campinas. Ocorreram após a greve três audiências públicas e um amplo processo de discussão com a comunidade acadêmica organizado por um Grupo de Trabalho composto por representantes discentes e docentes, bem como por membros da Frente Pró-Cotas e Núcleo de Consciência Negra da Unicamp.

Do Esquerda Diário - A implementação completa da medida não ocorrerá a partir do próximo vestibular pois o edital já está encerrado.

O relatório organizado pelo antigo GT defende 50% de cotas para estudantes de escola pública, sendo a proporção do estado, 37,2%, de cotas raciais, e 37,2% também entre as vagas de ampla concorrência. Um novo Grupo de Trabalho Institucional deve elaborar o projeto e calendário para a implementação das cotas.

Em novembro uma nova sessão do Conselho Universitário deve aprovar a última versão do projeto, que deve ser implementado a partir de 2019.



20 de abril de 2016

País vive regressão à casa-grande e à senzala, dia sociólogo Laymert Garcia




Todo o processo que culminou com a votação na Câmara dos Deputados no domingo (17), admitindo o prosseguimento do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, mostrou que "as instituições estão desmanteladas", segundo o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Com as instituições do jeito em que estão, o STF incluído, acho que a única força que existe, para de certo modo dar um rumo que não seja o rumo do horror, são as ruas. Não tem outra. O ponto de interrogação é saber em que medida as ruas vão responder e se dar conta desse desmantelamento das instituições", afirma.

"Não há o que esperar das instituições, não tem mais estado
de direito", diz sociólogo da Unicamp.
Para ele, a sucessão de fatos que levaram o país ao dia 17 de abril de 2016 deve ser analisada sob três aspectos. "A primeira coisa é a consolidação, através desse espetáculo, de uma classe política lúmpen. Não é à toa que na Europa, nos países, digamos, democráticos, que não são nenhuma maravilha, eles estão entre horrorizados e estupefatos com o nível de baixaria que é o Parlamento brasileiro."

O segundo aspecto, segundo ele, é ainda pior, pois diz respeito a uma regressão que o lado progressista da sociedade, principalmente quem viveu o período sombrio da ditadura, não esperava que pudesse retornar. "O que vimos ontem concretiza e sela a vitória da regressão. Mesmo que se consiga uma saída mais ou menos daqui para a frente, acho difícil a gente conseguir no curto prazo contornar ou conseguir esvaziar uma regressão como essa que aconteceu", avalia. "A gente voltou para a casa-grande e a senzala no que ambas têm de pior. A gente pensava que estava se afastando disso, aos poucos, e que a chamada herança maldita tinha ficado para trás, mas ela está atual. Esse segundo aspecto é terrível."

O terceiro aspecto se refere a algo relacionado à experiência subjetiva da história, que não poderia ser experimentada por quem não viveu o período do regime ditatorial no país. "Por causa da idade, fiquei com uma sensação que eu já tinha tido na vida: a sensação do dia seguinte à promulgação do AI-5, em dezembro de 1968. Do ponto de vista do impacto afetivo e subjetivo, a sensação é a mesma. O AI-5, e não 1964, foi o momento em que a ditadura efetivamente se concretizou enquanto tal, porque foi quando ela apareceu com toda a sua violência, quando o corte foi operado do ponto de vista subjetivo."

Para Laymert, as novas gerações "não têm experiência do desmoronamento subjetivo da geração que viu seu futuro absolutamente comprometido com a chegada da ditadura, e a sensação diante do que a gente vê nas forças que estão vencendo é essa".

A evolução dos acontecimentos é "chocante", diz, também pela cumplicidade dos poderes em torno da construção do cenário e a culminância do processo na Câmara. "Depois do que a gente foi vendo nos últimos tempos, até chegar ao domingo, com todas as cumplicidades dos outros poderes, as bombas informacionais detonadas em conluio com o Judiciário, tudo isso junto já mostrou que não há o que esperar das instituições, não tem mais Estado de direito", afirma Laymert. "É quase inimaginável, mas isso foi sendo construído e a gente não queria acreditar que podia chegar, e chegou."

13 de fevereiro de 2016

Conheça a Universidade que teve 51, 9% de alunos de escolas públicas e 21,5% de negros aprovados no Vestibular



A lista dos aprovados na primeira chamada do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) tem 51,9% de alunos que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Desses, 43% são pretos, pardos ou indígenas, o que representa 21,5% do total de selecionados.


O índice de alunos vindos de escola pública é o maior da história da instituição, que nunca havia superado o índice de 34% de egressos do sistema público de ensino. “São resultados muito expressivos e que vão contribuir para que muita gente tenha uma ascensão social significativa no país, uma vez que nós temos alunos do Brasil inteiro”, disse o reitor da Unicamp, José Jorge Tadeu.

Os resultados obtidos no vestibular de 2016 representam, de acordo com Tadeu, uma antecipação das metas de inclusão estabelecidas pelo conselho universitário. O objetivo da universidade era que, até 2017, 50% dos ingressantes viessem de escolas públicas, sendo que 35% desses fossem autodeclarados negros ou indígenas (17,5% do total).

O percentual de 35%  foi estipulado por ser a representatividade de pretos e pardos na população do estado de São Paulo. Segundo o Censo Escolar de 2014, dos 1,91 milhão de estudantes do ensino médio do estado de São Paulo, 85,3% cursavam em escolas públicas, sejam estaduais, municipais ou federais.

Para aumentar a presença desses grupos na composição do corpo de alunos, foi estabelecido um programa de bônus. Na primeira fase do vestibular, os candidatos que cursaram o ensino médio em escolas públicas recebem 60 pontos extras, os que forem negros e indígenas, 20 pontos  a mais. Na segunda fase, os bônus passam para 90 pontos para os estudantes de escolas públicas e mais 30 pontos para os negros e indígenas. De acordo com o reitor, para ingressar na Unicamp os candidatos precisam em média de notas que variam entre 600 e 700 pontos.

O aumento do número de estudantes negros e de escola pública ocorreu, segundo Tadeu, inclusive nos cinco cursos mais concorridos: medicina, arquitetura e urbanismo, midialogia, ciências biológicas e engenharia civil. No entanto, em arquitetura e urbanismo, o número de autodeclarados negros e indígenas ficou abaixo de 35%.

Para o reitor, a concessão de bônus tende a aumentar o número de ingressantes de escola pública justamente nos cursos mais concorridos, onde as notas dos candidatos são mais próximas e poucos pontos determinam o acesso às vagas. “Essa metodologia impacta mais significativamente os cursos de alta demanda. Os cursos de alta demanda tem um aproveitamento muito próximo dos estudantes”.



14 de maio de 2013

Inscrições abertas para a 5ª Olimpíada Nacional de História do Brasil



A 5ª Olimpíada Nacional de História do Brasil está com
inscrições abertas até o dia 08 de agosto
Valorizar o conhecimento sobre as diversas dimensões é muito importante, pois contribui de forma significativa para o desenvolvimento do senso crítico nos alunos permitindo que estes venham a interferir na sua realidade.  Tão importante quanto valorizar é estimular e proporcionar meios que possibilitem a construção desse conhecimento através das instituições de ensino. Faz-se necessário, principalmente que as escolas incentivem seus alunados a participarem de eventos que fomentem esse processo.

Diante desse cenário, a Universidade Estadual de Capinas – UNICAMP está promovendo 5ª Olimpíada Nacional de História do Brasil. O objetivo é trazer mais uma vez o desafio de estudar a história do Brasil por meio de textos, documentos, imagens e mapas, ao longo de questões de múltipla escolha e da realização de tarefas muito especiais.

A Olimpíada, em sua quinta edição terá cinco fases online e uma fase final, presencial, que ocorrerá na Universidade Estadual de Campinas. Vale ressaltar que as inscrições foram abertas no dia de maio e se estenderá até o dia oito de agosto.