A
Fundação Educativa e Cultural ARCA, localizada no município de Altaneira, na
região do cariri cearense, realizou na manhã deste domingo, 31 de agosto, na
Praça Manoel Pinheiro de Almeida, no centro, o Dia D Cultura na Praça.
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Crianças e Adolescentes do Projeto Arcanjos da Música. Foto: Nicolau. |
Objetivando
proporcionar e divulgar grandes cenários na área da cultura nordestina por
intermédio da música e da poesia, esse evento teve ainda como norte a exposição
de produtos artesanais feitos por membros(as) incluídos(as) no Projeto ARCA, além de
jogos de xadrez, uma iniciativa da Associação Universitária de Altaneira – AUNA
e, que vem sendo desenvolvido junto a crianças e adolescentes da ARCA.
A
abertura foi realizada pelas crianças do projeto Arcanjos da Música que entoou
o hino da entidade. Na letra percebe-se o difícil caminho que esta instituição
sem fins lucrativos vem percorrendo há mais de uma década para se manter a
partir de trechos como esse – “O caminho
é difícil e tem muitas pedras para atrapalhar. Mas a gente vai levando e vai
quebrando a cara só para chegar lá...... E vamos lá para vencer... A
Situação tem que mudar.... O evento foi sequenciado por músicas que ainda hoje
retratam o cenário nordestino como a sempre atual Asa Branca, do Rei do Baião, Luiz
Gonzaga.
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Charles e as crianças do Projeto Melodia. Foto: Nicolau. |
A
novidade no Dia D Cultura na praça foi à inserção da temática negritude como um
dos eixos a ser incorporados na luta da Fundação através de discussões e atuações
nos campos como o racismo e intolerâncias correlatas, assim como também pelo
sentimento de pertencimento do povo negro e, principalmente por debates e ações
no que toque a políticas públicas para essa classe social e no embate pelos
espaços ocupados por eles (nós negros,
grifo meu). Para tanto, foi lido um poema de Jorge Posada. “Um negro sempre será um negro. Chame-se
pardo, crioulo, preto, cafuzo, mulato ou moreno-claro. Um negro sempre será um
negro: na luta que assume pelo direito ao emprego e contra a discriminação no
trabalho. Um negro sempre será um negro: afirmando-se como ser humano na luta
pela vida”, recitou a criança Vinícius.
O
evento era sempre intermediado por chamadas de conscientização relacionadas à
cidadania, a politização e sobre a importância do engajamento nas lutas do
terceiro setor, feitas pelo comunicador Rogério Silva.
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