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Dona Dinha é reconhecida Mestra da Cultura pela Secult -CE. (FOTO | Acervo Pessoal). |
Por Nicolau Neto, editor
A Secretaria da Cultura do Ceará (Secult -CE) divulgou, na última quinta-feira (13), o resultado do edital “Tesouros Vivos da Cultura do Estado do Ceará, edição 2024."
Essa
ação tem como objetivo "contribuir
para o reconhecimento, proteção e valorização dos conhecimentos, fazeres e
expressões das culturas populares e tradicionais do estado", como
destaca a Secult.
Essa
edição, que já está na 13ª, selecionou 12 pessoas naturais, dois grupos e uma
coletividade. Durante o processo seletivo, 220 inscrições foram validadas,
sendo 196 inscritos para a categoria pessoa natural – mestres e mestras da
Cultura, 18 para categoria grupos e seis para coletividade.
Dentre
as Mestras da Cultura reconhecidas, esta Dona Dinha, do município de Nova
Olinda, no cariri.
“Os Mestres e Mestras da Cultura são
reconhecidos como guardiões das tradições, das histórias e de nossa identidade
cearense. Atuam ativamente no repasse de seus saberes e experiências às novas
gerações. Damos, boas-vindas aos novos Tesouros Vivos da Cultura”, disse
Luisa Cela, titular da Secretaria da Cultura do Estado.
Dona Dinha
Raimunda
Ana da Silva, 74 anos, mora no bairro Vila Alta, em Nova Olinda. Mas a artesã
já figurava entre as personalidades da cidade “indutora do tursimo” como Mestra Dinha.
Seu
ofício, a arte de fazer redes nos moldes tradicional, lhe rendeu o título de
mestra. Segundo ela, o manuseio dos tecidos foi aprendido observando. De tanto
observar as outras pessoas, como a própria irmã, ela começou a fazer.
Hoje,
ela tem uma grande máquina de tear antiga no quintal de sua casa que divide
espaço com outra que lhe garante mais celeridade, visto que os fios já chegam a
ela prontos. Antes, tudo era feito pela mestra – a novelada, o fio, o tear, até
chegar o produto final.
A
arte de fazer rede por Dinha já ultrapassou meio século. Aprendeu observando e
sua primeira rede veio com 12 anos e não parou mais.
O
reconhecimento do ofício veio. A partir de um projeto que tem à frente a
Fundação Casa Memorial Homem do Cariri, o Sesc e a Fecomércio, a casa de Dona
Dinha foi transformada em Museu Orgânico, passando a ser denominada de Museu
Casa Oficina Mestra Dinha.
Com
a inauguração, a Mestra Dinha passou a ser a primeira mulher homenageada com
museu orgânico.
Agora ela é também "Tesouro Vivo" reconhecida Cultura do Estado.
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