15 de março de 2025

Dona Dinha, de Nova Olinda, é reconhecida Mestra da Cultura pela Secult CE

 

Dona Dinha é reconhecida Mestra da Cultura pela Secult -CE. (FOTO | Acervo Pessoal).

Por Nicolau Neto, editor

A Secretaria da Cultura do Ceará (Secult -CE) divulgou, na última quinta-feira (13), o resultado do edital “Tesouros Vivos da Cultura do Estado do Ceará, edição 2024."

Essa ação tem como objetivo "contribuir para o reconhecimento, proteção e valorização dos conhecimentos, fazeres e expressões das culturas populares e tradicionais do estado", como destaca a Secult.

Essa edição, que já está na 13ª, selecionou 12 pessoas naturais, dois grupos e uma coletividade. Durante o processo seletivo, 220 inscrições foram validadas, sendo 196 inscritos para a categoria pessoa natural – mestres e mestras da Cultura, 18 para categoria grupos e seis para coletividade.

Dentre as Mestras da Cultura reconhecidas, esta Dona Dinha, do município de Nova Olinda, no cariri.

Os Mestres e Mestras da Cultura são reconhecidos como guardiões das tradições, das histórias e de nossa identidade cearense. Atuam ativamente no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações. Damos, boas-vindas aos novos Tesouros Vivos da Cultura”, disse Luisa Cela, titular da Secretaria da Cultura do Estado.

Dona Dinha

Raimunda Ana da Silva, 74 anos, mora no bairro Vila Alta, em Nova Olinda. Mas a artesã já figurava entre as personalidades da cidade “indutora do tursimo” como Mestra Dinha.

Seu ofício, a arte de fazer redes nos moldes tradicional, lhe rendeu o título de mestra. Segundo ela, o manuseio dos tecidos foi aprendido observando. De tanto observar as outras pessoas, como a própria irmã, ela começou a fazer.

Hoje, ela tem uma grande máquina de tear antiga no quintal de sua casa que divide espaço com outra que lhe garante mais celeridade, visto que os fios já chegam a ela prontos. Antes, tudo era feito pela mestra – a novelada, o fio, o tear, até chegar o produto final. 

A arte de fazer rede por Dinha já ultrapassou meio século. Aprendeu observando e sua primeira rede veio com 12 anos e não parou mais.

O reconhecimento do ofício veio. A partir de um projeto que tem à frente a Fundação Casa Memorial Homem do Cariri, o Sesc e a Fecomércio, a casa de Dona Dinha foi transformada em Museu Orgânico, passando a ser denominada de Museu Casa Oficina Mestra Dinha.

Com a inauguração, a Mestra Dinha passou a ser a primeira mulher homenageada com museu orgânico.

Agora ela é também "Tesouro Vivo" reconhecida Cultura do Estado.

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