“Primeiro eu quero saudar a
todos e agradecer pela presença! Saibam que vocês são muito especiais para mim
e agradeço por se juntarem comigo neste dia para celebrar um dos momentos mais
importantes da minha vida!
![]() |
Lucélia Muniz por ocasião do discurso de posse na Academia de Letras do Brasil Seccional Araripe. (Foto: Frame Produções). |
Agradeço ao Presidente da
Academia de Letras do Brasil/Seccional Araripe-CE, o Senhor Francisco Adriano
de Sousa, pela oportunidade de compor esta academia onde tenho a oportunidade
de um aprendizado ímpar. Desde que entrei nesta academia fui tomada de muita
emoção e poder dissertar sobre a Patrona Maria Constância da França Muniz,
minha mãe, foi uma forma de honrar sua memória e manter viva junto àqueles que
em vida a conheceram, uma história pautada a dedicação à educação, a família,
aos amigos, a comunidade onde residia, a uma fé inabalável, ao trabalho
artesanal.
Aprendi a semear, mas sem me
preocupar com a colheita. Aprendi a agradecer a Deus pelas minhas conquistas!
Agradeço a minha família por se fazer presente, pelo apoio incondicional.
Aos amigos também dedico esta conquista porque vocês são parte deste processo. Voltando a colheita, quero dizer que Deus está me dando a oportunidade de colher alguns frutos em vida e isso só fortalece a minha vontade de continuar e dá sempre o melhor de mim.
Aos amigos também dedico esta conquista porque vocês são parte deste processo. Voltando a colheita, quero dizer que Deus está me dando a oportunidade de colher alguns frutos em vida e isso só fortalece a minha vontade de continuar e dá sempre o melhor de mim.
Ora! Cada geração usufrui do
contexto em que nasce, não esquecendo que muitos são excluídos socialmente! Se
nasci numa comunidade rural sem eletricidade, tive o prazer de sentar à noite
com meus pais e apreciar um céu estrelado. Acabei ganhando o brilho das
estrelas!
A noite era permeada também
pelas histórias. Tinha um morador lá em casa chamado de Seu Zé Silva. Ele
gostava de contar uma história longa intitulada, “A Princesa do Reino da Pedra
Fina”. Essa história foi sendo contada ao longo de várias noites e eu e minha
irmã mais nova, Geneana, esperávamos ansiosa pela sequência dela. Seu Zé Silva
era analfabeto, então com o passar dos anos pensei que era uma criação da sua
imaginação. Já na faculdade, parada próximo a uma banca que vendia livros, vi
um livro que me chamou a atenção. Era sobre a Princesa do Reino da Pedra Fina.
Aprendi que mesmo àqueles que não tiveram a oportunidade de ocupar um banco
escolar, ouviam histórias, as memorizavam e tornavam a noite de muitas crianças
algo encantador.
Sobre a importância da leitura,
aprendi que abrem portas para o mundo, nos transformam e nos possibilitam
também transformar realidades e pessoas. Sempre achei estranho o fato de
algumas bibliotecas manterem armários fechados recheados de livros. Para mim
esta é uma forma cruel de esconder tesouros e por muitas vezes pedi para que os
abrissem e foi fantástico.
Diante de todas as oportunidades
que tive e tenho, firmo aqui o compromisso de me comprometer principalmente com
a cultura local e regional, colocando a Cadeira nº 35 a disposição de todos
aqueles que tornam o mundo um lugar melhor para se viver, daqueles que só
precisam de uma oportunidade para crescer. Gratidão!”.
___________________________________________________________________
Discurso
encaminhado via correio eletrônico para a redação do Blog Negro Nicolau.
Grata pela divulgação!
ResponderExcluir