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Reconstituição do fóssil de Luzia feita por computador. (Foto: Reprodução/TV Globo). |
Pesquisadores
informaram nesta sexta-feira (19) terem encontrado todo o crânio de Luzia,
fóssil humano mais antigo do Brasil desaparecido nos escombros do Museu
Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro.
Os
técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. No
entanto, o trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em
entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.
"O crânio foi encontrado fragmentado. Já achamos praticamente todo o crânio e 80% dos fragmentos já foram identificados e podemos aumentar esse número”, disse Alexander Kellner, diretor do museu.
A
notícia do encontro do fóssil de Luzia foi antecipada pela Globonews na manhã
desta sexta-feira e os detalhes foram confirmados durante a entrevista coletiva
dos técnicos e da direção da instituição.
Segundo
os técnicos, foram encontradas parte do frontal ( testa e nariz), parte
lateral, ossos que são mais resistentes e o fragmento de um fêmur que também
pertencia ao fóssil e estava guardado. Uma parte da caixa onde o crânio de
Luiza estava também foi recuperada.
“Estamos no momento do escoramento e já
podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos
recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços
foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos
muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local
preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa
de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes
da equipe.
Quem é Luzia?
Encontrado
em Minas Gerais na década de 1970, este seria o fóssil mais antigo das
Américas. Este material foi o responsável por mudar a teoria da povoação do
continente americano.
A
busca pelo fóssil foi realizada a partir das obras emergenciais, que são realizadas
há cerca de 1 mês.
Essas
intervenções, que custam R$ 9 milhões, devem ser realizadas até fevereiro de
2019. Além de Luzia, outros objetos foram encontrados no local.
Doação de terreno e verbas
O
Museu Nacional deverá retomar suas atividades 45 dias depois do incêndio que
destruiu sua sede. A Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do Ministério do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, vai ceder uma área da União para
abrigar laboratórios de pesquisa e centro de visitação para estudantes.
O
Museu Nacional foi destruído por um incêndio em 2 de setembro passado. A
Polícia Federal investiga o caso.
O
terreno localizado em São Cristóvão, na Zona Norte da cidade, tem 49,3 mil
metros quadrados e fica a cerca de um quilômetro da sede do museu. A área será
dividida com o Tribunal de Justiça do RJ (TJRJ) que ficará com 10 mil metros
quadrados.
Esta
semana, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, esteve em Brasília para
um encontro com deputados federais do Rio de Janeiro. No encontro, ele pediu
que fossem destinados cerca de R$ 50 milhões em emendas parlamentares para a
reconstrução do prédio.
Kellner
explicou que a solicitação de R$ 56 milhões são só para a fachada e que a
estimativa dele para a recuperação total do museu é de R$ 300 milhões.
“Os
R$ 56 milhões que pedi são apenas para recuperar a fachada, uma das principais
partes históricas", disse durante a entrevista nesta sexta no Rio. (Com
informações do G1).
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