Um
dos centros da divisão instaurada dentro do Psol nacional, o comando do partido
no Ceará decidiu apoiar a candidatura da ex-deputada federal gaúcha Luciana
Genro a presidente. Assim, a pré-candidatura de Renato Roseno a presidente da
República foi retirada e ele concorrerá a deputado estadual pelo Ceará. Depois
de meses de divisão interna, Luciana teve a candidatura confirmada ontem por
unanimidade, na convenção nacional realizada em Brasília.
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Luciana entre seu vice, o ex-candidato a prefeito de Mogi das Cruzes (SP) Jorge Paz, e o dep. estadual pelo Rio de Ja neiro Marcelo Freixo. Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil |
Grupo
que tem maioria no Psol cearense, a tendência Insurgência era contrária à
candidatura presidencial do senador Ranfolfe Rodrigues (AP), que venceu a
própria Luciana durante votação realizada no 4º Congresso Nacional da legenda,
realizada em Luziânia (GO), em dezembro passado. Porém, no último dia 13, ele
anunciou a desistência da candidatura.
No
Ceará, a Insurgência reúne, além de Roseno, o vereador João Alfredo. Ambos
devem concorrer à Assembleia Legislativa. Em eleições estaduais passadas, o
partido sempre teve nomes que, individualmente, obtiveram votações bastante
expressivas, mas o partido não alcançou o quociente eleitoral, número mínimo de
votos para emplacar um parlamentar. Ao lançar os dois para o mesmo cargo, o
Psol concentra suas principais forças na busca por ao menos uma vaga na
Assembleia Legislativa. Talvez até surpreendendo e conseguindo duas, como
ocorreu na última eleição para a Câmara de Fortaleza.
“A candidatura da Luciana unifica o partido.
A postulação do Roseno à Presidência era uma postura contra a candidatura de
Randolfe Rodrigues”, explicou João Alfredo.
Ele
informou ainda que Soraya Tupinambá, candidato do Psol ao Governo do Ceará em
2010, e Cecília Feitoza, presidente da sigla no Ceará, serão candidatas a
deputadas federais.
O
Psol cearense pretende lançar 43 candidatos a deputado estadual e 15 candidatos
a deputado federal, em coligação com PSTU e PCB.
Randolfe
desistiu de disputar a Presidência por não ter sido capaz de unir o partido. O
senador estuda a possibilidade de se candidatar ao Governo do Amapá.
Ouvir as ruas
Luciana
Genro anunciou que uma das plataformas da campanha será a tentativa de resposta
às manifestações de junho do ano passado.
“Queremos dar voz a essas demandas que vieram das ruas e que não foram atendidas pelos governos. O transporte público continua uma porcaria, a educação e a saúde continuam precárias”.
Ela
informou ainda que o partido pretende rediscutir a maneira como a arrecadação
de tributos está estruturada no Brasil, promovendo uma “revolução tributária”.
Questionada,
em entrevista coletiva, sobre possível racha no partido devido à ausência de
Randolfe na convenção, Luciana negou. “Randolfe
se manifestou favorável à candidatura pelas redes sociais. Ele achou por bem
cuidar dos interesses do Amapá”, respondeu. Na carta em que anunciou a
desistência, no último dia 13, Randolfe explicou que deixava a pré-campanha
presidencial “para retomar em plenitude as tarefas como senador e a importante
função de representante do Amapá”
Com
Agência Brasil/O Povo
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