O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, reuniu-se com o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, na quarta-feira (20), em Brasília, para avançar nas discussões sobre políticas de memória e valorização da cultura negra no Brasil. O encontro teve como foco o projeto “Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil” e as comemorações do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
O
projeto tem o objetivo de resgatar e dar visibilidade à memória africana por
meio da instalação de placas em locais históricos, como portos, igrejas,
terreiros de candomblé, quilombos e espaços de resistência. A iniciativa é
dividida em duas etapas: a primeira envolve a elaboração e fixação das placas,
enquanto a segunda fase prevê a disseminação do projeto por meio de plataformas
digitais, materiais pedagógicos e ações educativas.
O
encontro também abordou as celebrações do Dia da Consciência Negra, com um
convite para que o ministro Silvio Almeida participe dos eventos no Parque
Memorial Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas.
O
projeto é uma parceria entre o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania,
a Fundação Cultural Palmares, a UNESCO e os ministérios da Igualdade Racial,
Educação e Cultura, com o apoio do Laboratório de História Oral e Imagem da
Universidade Federal Fluminense (UFF).
Lugares de memória dos africanos
escravizados
Em
novembro de 2023, representantes dos Ministérios da Igualdade Racial, Direitos
Humanos e Cidadania, Educação e Cultura instituíram o Projeto de Sinalização e
Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil. Na
ocasião, a ministra Anielle Franco destacou a importância da educação formal e
antirracista para que toda população brasileira tenha acesso às contribuições
intelectuais, tecnológicas, literárias, sociais e acadêmicas do povo negro.
“A história oficial contada nos livros partiu
da perspectiva dos colonizadores, que enxergavam o negro apenas como sujeitos
passíveis de mera observação. É fundamental que o país reconheça e valorize
nossas histórias, a partir de nossas próprias memórias, cultura e narrativas,
esse deve ser um trabalho coletivo para aprender a real história do Brasil e a
consequente superação do racismo”, pontuou em nota ministerial.
Dentro
das ações que serão executadas, está previsto ainda o desenvolvimento de um
aplicativo de afroturismo; a publicação dos lugares de memória dos africanos
escravizados no Brasil e a realização de exposições fotográficas virtuais e
físicas, interativas e itinerantes. Todos esses materiais serão produzidos em
versão trilíngue – português, espanhol e inglês.
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Com
informações da Alma Preta Jornalismo.
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