O
presidente Michel Temer avança com projeto de venda do Brasil com seu programa
de privatizações e concessões, iniciado por Dilma Rousseff. O Programa de
Parcerias e Investimentos (PPI), discutido pela primeira vez na última
terça-feira (13/09) no Palácio do Planalto, prevê 25 concessões desde a
produção de energia até aeroportos. Os leilões já começam ano que vem e a
promessa do presidente ilegítimo é que, com as medidas, a criação de empregos
volte a crescer. Os impactos mais notórios para o trabalhador, porém, vão ser a
precarização dos serviços e o aumento das tarifas. Além disso, não haverá
restrição para que empresas estrangeiras participem das licitações, entregando
o direito sobre a economia do país.
Publicado
originalmente no sítio do Psol
A
lista da privatização, denominado como projeto “Crescer”, inclui rodovias,
ferrovias, terminais portuários, mineração, geração e distribuição de energia e
saneamento. Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo,
excluindo as empresas de saneamento de três Estados e a venda de ativos da CPRM
(Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais), todos os bens já constavam de
programas anteriores do governo Dilma, mas os serviços não chegaram a ser
licitados. Agora, ao que tudo indica, serão colocados em prática e ampliados
pelo governo Temer.
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Crédito da foto: Fábio Pozzembbom/Agência Brasil. |
Entre
os aeroportos que serão alvos do programa, estão o de Porto Alegre (RS),
Salvador (BA), Florianópolis (SC) e Fortaleza (CE). Também faz parte do pacote
as ferrovias Norte-Sul, Fiol e Ferrogrão e as rodovias BR-364/365 e
BR-101/116/290/386.
Confira, abaixo, as obras que serão
concedidas ou vendidas à iniciativa privada:
Aeroportos
– 1º semestre de 2017
Porto
Alegre
Salvador
Florianópolis
Fortaleza
Ferrovias
– 2º semestre de 2017
Norte-Sul (SP/MG/GO/TO)
Fiol
(BA)
Ferrogrão
(MT/PA)
Portos
– 2º semestre de 2017
Terminais
de combustíveis de Santarém
Terminal
de trigo do Rio de Janeiro
Rodovias
– 2º semestre de 2017
BR-364/365
(Goiás / Minas Gerais)
BR-101/116/290/386
(Rio Grande do Sul)
Minas e Energia
4ª Rodada de licitações de campos marginais (terrestres) de petróleo e gás – 1º semestre de 2017
14ª
Rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás – 2º semestre de
2017
2ª
Rodada de licitações sob regime de partilha da produção (áreas unitizáveis) –
2º semestre de 2017
Ativos
da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM) – 2º semestre de 2017
Amazonas
Distribuidora de Energia – 2º semestre de 2017
Boa
Vista Energia – 2º semestre de 2017
Cia
de Eletricidade do Acre – 2º semestre de 2017
Cia
Energética de Alagoas – 2º semestre de 2017
Cia
de Energia do Piauí – 2º semestre de 2017
Usinas
hidrelétricas – 2º semestre de 2017
Centrais
Elétricas de Rondônia – 1º semestre de 2018
Saneamento
(BNDES) – 1º semestre de 2018
Cedae – RJ
Caerd
– RO
Cosanpa
– PA
Outros
projetos de privatização
O setor elétrico também está na mira de Michel Temer. Ele enviou ao Congresso a Medida Provisória (MP) 735/16, que diminui o subsídio estatal na produção de energia. A proposta é que empresas assumam a função por até 30 anos. Uma comissão mista foi formada para avaliar a proposta e nos próximos dias deve ser votado o parecer do relator, José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Outro
projeto de privatização recente foi apresentado por José Serra (PSDB-SP) e
retira da Petrobras a exclusividade na exploração do pré-sal, alterando a Lei
do Pré Sal sancionada em 2010. O projeto está pronto para ir a plenário e o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a votação ocorre após
o primeiro turno das eleições municipais. Para Ivan Valente (PSOL-RJ), líder do
PSOL na Câmara, o projeto de lei é uma tentativa de vincular a figura do Estado
à corrupção. O relator do projeto também foi José Carlos Aleluia.
A
medida, proposta pelo senador tucano, já era prevista desde o programa de
governo de Temer, Uma Ponte para o Futuro, divulgado em outubro do ano passado.
Aprovado no Senado, o projeto começou a ser discutido no início do mês na
Câmara, mas não houve quórum para votação. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ)
lembra que o projeto é inconstitucional e que os países desenvolvidos tiveram
suas riquezas reguladas pelo poder estatal:
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