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Estudantes do 1° Ano da EEMTI Padre Luís Filgueiras. (FOTO | Lucélia Muniz). |
As inscrições para a 9a edição do Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero: experiências de gestão e práticas pedagógicas antirracistas em ambiente escolar estão abertas até o dia 31 de março.
A
iniciativa busca identificar e valorizar práticas pedagógicas exemplares de
professoras/es e gestoras/es da educação básica, com o propósito de construção
da equidade racial e de gênero, concretizando o direito ao pleno
desenvolvimento escolar de crianças, adolescentes e jovens negros/as,
brancos/as, indígenas e de outros grupos étnico-raciais.
Inscreva-se
pelo link: inscricoespremioeducar.ceert.org.br/register
Prêmios
Serão
selecionados 16 trabalhos finalistas e eleitas oito propostas na categoria
Prática Docente, sendo que cada uma levará o prêmio de 7 mil reais, além de um
kit de livros na temática de equidade racial e de gênero na educação básica.
Será ofertado também um curso virtual de formação continuada no mesmo tema.
Na
categoria Gestão Escolar, os vencedores também receberão o curso e o kit. Serão
selecionados 16 finalistas e eleitas oito propostas, que receberão equipamentos
para as escolas, elegíveis numa listagem fornecida pelo CEERT, dentro do valor
de 10 mil reais.
Quem pode participar
O
Prêmio é dividido em duas categorias: Prática Docente e Escola. A categoria
Prática Docente é dividida em duas modalidades: Prática Docente Realizada –
realizadas entre 2022 e 2023 - e Prática Docente Projetada - ou seja, ainda não
executada. Já a categoria Escola conta apenas com a modalidade Gestão com
Equidade e Antirracista (GEA).
Podem
se inscrever docentes e gestores/as que estejam em atividade nas diferentes
etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio) e de todas as Modalidades de Ensino (Educação de Jovens e Adultos;
Educação Escolar Quilombola; Educação Indígena; Educação Profissional e
Tecnológica; Educação Especial e Educação à Distância), em todo o Brasil.
Como surgiu
O
Prêmio Educar surgiu em 2002, de forma pioneira, a partir de debates promovidos
no CEERTdesde 2000, em parceria com diversos tores do movimento negro e da área
da educação.
O
projeto surgiu antes mesmo da implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008,
que alteram a LDB 9.394/96 para incluir a obrigatoriedade do ensino de História
e Cultura africana, afrobrasileira e indígena, nas escolas de todo o país,
visando identificar o que os professores faziam de positivo para o
enfrentamento do racismo.
Segundo
Daniel Bento Teixeira, diretor-executivo do CEERT, depois da criação da Lei, a
referência a ela no projeto passou a ser um dos critérios de seleção. O Prêmio
passou a ser um, portanto, um incentivo à leitura da Lei e uma ação de difusão
das diretrizes curriculares.
“Isso
foi de caráter inovador, além de todos aspectos valorativos de reconhecimento
para a vida individual de educadores e educadoras. A criação do Prêmio é uma
contribuição do CEERT para a luta antirracista no Brasil”, disse Daniel.
“É
comum ouvirmos algo que já virou clichê: a saída para o Brasil é pela educação.
Entretanto, é importante enfatizar que não é qualquer projeto de educação que
pode se enquadrar como solução para o país. Se for uma educação que reproduz o
racismo, ela não só deseduca como desumaniza a maior parte da população
brasileira”, completa.
Por
isso, o CEERT entende que é necessário qualificar a educação que queremos e
esta é a educação antirracista. Ou seja, uma educação que leva em consideração
as contribuições civilizatórias de cada grupo que compõem a sociedade
brasileira.
“Somente
com a tônica da educação antirracista que o Brasil poderá se reencontrar com a
sua africanidade e construir um modelo de sociedade centrada no bem-viver para
todas as pessoas que dela fazem parte”, diz o diretor-executivo.
Conheça os projetos
O
combate ao racismo institucional dentro da escola é o ponto de encontro entre
todas as edições - nos materiais de ensino, nos espaços escolares, na
epistemologia eurocêntrica e na ausência de história das pessoas negras e
indígenas.
O
conhecimento gerado em mais de 20 anos resultou em uma importante coleta de
dados para o CEERT, apoiando pesquisas na área de educação e fornecendo
materiais didáticos e pedagógicos nos setores públicos e privados. A divulgação
dos projetos desenvolvidos passou a desempenhar um papel formativo, a partir do
debate de relações étnico-raciais.
Mais
informações sobre o Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero, acessar:
premioeducar.ceert.org.br
______
Com informações do CEERT
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