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Mesa 1 - Cultura, Racismo e Periferia. (FOTO/ Reprodução/ YouTube). |
O Seminário Racismo, Direitos Humanos e Direito à Cidade promovido pelo Coletivo Camaradas, através do projeto Território Criativo do Gesso, apresentou três mesas-de-debates virtuais. O evento faz parte das ações do Prêmio de Fomento Cultura e Arte do Ceará, do Governo do Estado via Lei Aldir Blanc. A programação está disponível no Youtube.
A
mesa de abertura, Cultura, Racismo e Periferia, foi mediada pela poeta Natália
Pinheiro, do Coletivo Camaradas e Slam das Minas Kariri. Teve a participação de
Lívia Nascimento, do Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec) e
pesquisadora do Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Relações Étnico-raciais
(Negrer). Além da educadora popular Ana Carolina Lima, presidente da Unegro
Ceará.
Cor,
gênero e classe são questões inseparáveis para refletir emancipação humana e
substituir esse modo de produção que exclui e proíbe a partilha das riquezas
geradas por todos. “A vida precisa ser reafirmada e defendida de forma
intransigente. O modo de produção capitalista traduzido nas relações de
exploração e opressão apresentam como horizonte a violência, concentração de
renda, desigualdade social, estratificação socioespacial e o revezamento de
poder das elites econômicas”, leu Natália ao abrir o debate.
Cultura, Direitos Humanos e Periferia
Raule
Sousa, professor da Universidade Federal do Cariri, mediou a segunda mesa:
Cultura, Direitos Humanos e Periferia. Participaram das discussões, a ouvidora
da Defensoria Pública do Ceará, Antônia Mendes; a presidenta da União Nacional
LGBT, Sílvia Cavalleire; o técnico em Gestão Cultural, Pedro Lucas Jovino; e
Orismídio Duarte, capoeirista e professor da rede estadual de ensino.
“Racismo, direitos humanos e direito à cidade não se conjugam de forma separada, mas como trindade para entender as raízes exploradoras e opressoras da sociedade privada. A luta de classes tem demonstrado que a historiografia da humanidade é carregada pelo conflito de classes sociais antagônicas. A leitura do passado, presente e futuro não pode descartar esse elemento presente e determinante”, complementou Raule.
Cultura, Periferia e Direito à Cidade
Na
mesa de encerramento, Cultura, Periferia e Direito à Cidade, estiveram a
escritora, cientista social e vice-presidente do Grunec, Raiane Felix; a
professora Ângela Lima; Raquel Andrade, professora, membro do Conselho Cearense
dos Direitos da Mulher e coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher da
Assembleia Legislativa do Ceará; e Alexandre Lucas, pedagogo, integrante da
Comissão Cearense do Cultura Viva e idealizador do Território Criativo do
Gesso. A mediação foi do historiador Francisco Nascimento, do Coletivo
Camaradas e Grunec.
Francisco
destacou a transversalidade da temática. “Reafirmamos que a cultura e as
políticas culturais devem ser pensadas a partir do seu caráter transversal e
que se possam incluir os direitos humanos no direito à cidade e, por
conseguinte, faça o recorte de cor, gênero e classe”.
O Coletivo Camaradas
A
perspectiva de atuação do Coletivo Camaradas é ancorada na cultura de base
comunitária. Compõe a Rede Cearense do Cultura Viva, mantendo também diálogos
nacionais com outras organizações. O Coletivo é constituído, predominantemente,
por pesquisadores, artistas, professores, acadêmicos, ativistas e moradores da
comunidade do Gesso.
No
Território Criativo do Gesso, o Coletivo Camaradas vem consolidando alguns
eventos como é o caso do Encontro de Poesia no Gesso (IV edição); Mostra
Nacional de Contadores de Histórias; Mostra do Brincar (IV edição); Dia das
Crianças no Gesso (IX edição) e Mostra Nacional de Vídeos sobre Intervenções e
Performances – Mostra IP (VIII edição). Além de ser parceiro de outras ações,
como é o caso Mostra Sesc de Culturas; Festival Internacional de Máscaras;
Festival Caldeirão das Danças; dentre outros.
O
Coletivo Camaradas mantém parcerias com as universidades públicas e
particulares da região do Cariri, bem como, escolas de ensino fundamental e
médio que compõe o Território Criativo do Gesso.
O Território Criativo do Gesso
A
extensão do Território Criativo do Gesso é importante para redimensionar a sua
potência, enquanto possibilidade de construção de narrativa e de
desenvolvimento.
Em
rápido mapeamento constatou-se que o Território é composto por dois campus
universitários, duas escolas de ensino médio (uma profissionalizante e outra de
tempo integral), duas escolas de educação infantil, três escolas de ensino
fundamental, três unidades públicas de saúde, dois hospitais particulares, duas
pousadas, um hostel, um hotel, um museu social, três ONGs, cinco grupos da
tradição, dois coletivos, quatro grupos de dança, uma quadra esportiva, um time
de futsal, um centro tecnológico, várias secretarias municipais, uma unidade do
Sesc e da AABB, um centro cultural, um Sítio Urbano e dois terreiros culturais.
Sem
contar os empreendimentos e os serviços que movimentam a economia local.
Para
assistir aos debates, acesse:
Mesa 1: Cultura, Racismo e Periferia
Mesa 2: Cultura, Direitos Humanos e Periferia
Mesa 3: Cultura, Periferia e Direito à Cidade
__________________
Texto de Bruna Vieira, da Clique Comunicação, encaminhado a redação do Blog Negro Nicolau.
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